Capítulo 75

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S/n Grimes Dixon

Já era de manhã e eu vestia minha roupa com uma certa dificuldade, chamando a atenção de Daryl com meus resmungos.

— O que foi? - ele perguntou, se vestindo do outro lado da barraca.

— Nada, eu só... Estou um pouco dolorida. - confesso, fazendo seu olhar se tornar culpado.

— Desculpa. - o caçador se aproximou, colocando uma mecha de cabelo atrás da minha orelha. — Eu não queria te machucar.

— Tudo bem. - o tranquilizo, abraçando o seu pescoço. — Acho que eu procurei isso.

Deixei um selinho em seus lábios e vesti a última peça que faltava. Daryl abotoou sua camisa e colocou o colete por cima, sem tirar os olhos de mim em nenhum momento.

— Consegue andar? - perguntou antes de sairmos da barraca.

— É, eu consigo sim. - respondo, rindo baixinho.

— Por que está rindo? - Daryl franziu o cenho, saindo da barraca logo atrás de mim.

— Já disse que amo o seu jeito fofo depois de uma noite agressiva? - me viro para olhar em seus olhos, ainda entre sorrisos bobos.

— Temos que manter o equilíbrio, né? - descontraiu, segurando a minha cintura enquanto me puxava para mais um beijo.

Papai ainda está em Alexandria, mas em breve voltará para o acampamento. Eu e Daryl nos separamos logo depois que saímos da barraca, ele se juntou aos outros no trabalho e eu estava indo em direção a enfermaria para ver como o Aaron está, quando me chamaram pelo rádio.

Bom dia, minha filha. - ouço a voz do meu pai e franzo o cenho.

— Pai? Tudo bem? - pergunto preocupada. — Aconteceu alguma coisa em Alexandria?

Não, está tudo bem. - me tranquilizou. — Na verdade, tem alguém aqui que quer muito falar com você...

Por um breve tempo tudo ficou em silêncio, o que me deixava cada vez mais ansiosa e intrigada.

Oi! - disse uma voz infantil, doce e animada que encheu meu coração de alegria.

— Judith, oi! - falo no mesmo tom de animação que a garota, sentando em um banquinho qualquer que encontrei no meio do acampamento.

Não é Judith. - ela me repreendeu. — Temos que usar nossos nomes de disfarce.

— Ah, perdão. - coço a garganta e nego com a cabeça. — Oi, pequeno raio de sol.

Oi, estrela da manhã. - a voz dela voltou a suar docemente, feliz por termos usado os nossos codinomes.

Codinomes esses que ela mesmo escolheu.

Quando você vem pra casa? - ela perguntou, agora, um pouco desanimada. — Estou com saudades de você e do tio Daryl.

Tio Daryl? Quem é esse? - finjo não conhecê-lo, ouvindo a risada gostosa da minha irmã do outro lado da linha.

Love in chaos II - Daryl DixonDonde viven las historias. Descúbrelo ahora