Capítulo 58

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S/n Grimes

— Tenho que te confessar uma coisa. - Daryl disse de repente, enquanto a ponta dos seus dedos acariciavam as minhas costas.

— O quê? - pergunto não muito curiosa, deitada em seu peito, ouvindo as batidas do seu coração com os olhos fechados.

— No CCD, no nosso primeiro dia lá. Todo mundo tava tomando banho naquele banheiro cheio de cabines...

— Aí você abriu a porta da cabina que eu estava de propósito. - relembrei, rindo baixinho.

— Não foi de propósito. - se defendeu.

— Foi sim. - rebato. — O meu chuveiro tava ligado, eu e o Glenn não parávamos de rir. Não tem como você não ter ouvido.

— De verdade, eu não sabia que aquela cabine tava ocupada.

— Então, qual é a confissão? - o apresso, contornando as pequenas cicatrizes em seu peito.

— Eu entrei na outra cabine e comecei a bater uma. - ele confessou sem hesitar.

— Sério? Que pervertido! - levanto rindo e bato em seu peito.

— Eu juro que eu tentei não fazer isso. Mas aí vinha a sua imagem nua na minha cabeça, com o corpo todo molhado e aquele olhar de quem não sabia se ria ou gritava comigo. - ele riu alto, se encolhendo enquanto eu batia de leve em seus braços.

— Você é um tarado.

— Já disse, eu tentei não fazer aquilo, mas não consegui parar. Eu só... fiquei duro por sua causa, o que não é nenhuma novidade, e depois não pude mais parar. - voltou a se defender, pousando sua mão em minha coxa.

— Essa foi a única vez que se masturbou pensando em mim? - pergunto, ajoelhada na cama com apenas o fino lençol branco cobrindo meu corpo.

— Eu já me masturbei pensando em você várias vezes. - deu de ombros.

— Não agora. Antes de ficarmos juntos. Antes da nossa primeira vez. - especifiquei, corando levemente ao imaginar ele fazendo isso.

— Ah.... Teve só... Sei lá! Umas três ou quatro vezes... eu acho.

— O quê?! Mentira! - caí deitada ao seu lado enquanto ria.

— A primeira vez foi nos primeiros dias que a gente ficou naquela pedreira. Eu tava caçando, aí vi você tomando banho naquele riacho. - ele contou, passando seu braço por baixo do meu pescoço.

— Você me espionava tomando banho? - olhei para ele com o cenho franzido.

— Foi só uma vez. E foi acidentalmente. - deixou claro. — Eu tava passando e ouvi um barulho, quando fui olhar, era você. Você tava nua e nadava naquela água tranquilamente. Eu abaixei minhas calças e bati uma, ali mesmo, no meio das árvores.

— E as outras vezes?

— Quando você espirrou e assustou o cervo. Ainda lá na pedreira. Eu disse que a culpa tinha sido sua, mas na verdade eu fiz uma parada pra fazer... de novo. - gesticulou com as mãos.

— Eu nem sei mais o que dizer. - ri envergonhada, mas ele nem parecia se importar.

— Aí teve a noite no CCD quando eu te vi no chuveiro. Depois você me beijou e, por incrível que pareça, eu não fiquei excitado.

— Nossa, o beijo foi tão ruim assim? - finjo decepção.

— Na verdade, eu fiquei apavorado e tava tentando entender o que tinha acontecido. Daí a gente saiu daquele merda de lugar e eu bati mais uma no meio daquele engarrafamento e nos primeiros dias lá na fazenda. Antes de tirar a sua pureza.

Love in chaos II - Daryl DixonWhere stories live. Discover now