Capítulo 52

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S/n Grimes

Assim que entramos em Hilltop, Maggie veio ao nosso encontro e nos abraçou fortemente. Jesus também nos encontrou nos portões, com um sorriso largo e um olhar aliviado.

— O que estão fazendo aqui? - o homem perguntou.

— Bom te ver também, JC. - sorri sarcasticamente.

— Viemos nos preparar. - disse Daryl, parado atrás de mim. — Pra guerra.

— Estou feliz por estarem aqui. - Maggie segurou minhas mãos, sorrindo sem mostrar os dentes.

Daryl entrou no casarão com o Jesus, mas eu e Maggie continuamos onde estávamos. Eu queria falar com ela, mas não sabia como. Ela também parecia querer dizer algo, só não sabia o quê.

— Preciso falar com a Bertie. - disse a mulher, dando alguns passos para trás com a cabeça baixa. — Nos vemos depois.

Eu forcei um sorriso e observei a mais velha se distanciar, soltando um longo suspiro. Olhei em volta e vi todos trabalhando, focados em suas tarefas.

Não tinha nada que eu pudesse fazer ali, não há nada que eu possa fazer ultimamente, então eu apenas caminhei até o cemitério da comunidade.

— Olha eu aqui de novo. - ri nasalmente, sentando na frente da cova do coreano. — Eu estou grávida, mas não sei de quem é o bebê. - comecei a desabafar. — Eu já tava imaginando o meu filho se tornando melhor amigo do seu, mas agora não sei se isso vai ser possível.

Sentada ali, olhando para a cruz presa na cova do meu amigo, eu comecei a chorar. As lágrimas caíam sem parar, eu chorava baixinho, colocando toda a minha dor para fora.

— Essa criança pode mesmo ser do Daryl, mas também pode ser do Negan. - digo, não tão alto para que ninguém que passasse ali por perto pudesse me ouvir. — Eu não posso correr o risco de colocar o filho daquele psicopata no mundo. Eu não posso ter o filho do seu assasinado, Glenn. Mesmo que seja do Daryl, mesmo que eu acredite que seja, como eu vou olhar pra essa criança? - questiono, como se o asiático estivesse mesmo ali. — Como eu vou olhar pra esse bebê e não lembrar de todo mal que o Negan me fez? Que o Negan te fez? Não quero correr o risco, não quero ter um filho pra desprezá-lo. Eu não vou viver com essa dúvida. Por isso eu vou tirar essa criança. De um jeito ou de outro. - eu falei, abraçada em meus joelhos, enquanto as lágrimas se secavam sozinhas. — Se você estivesse aqui, com certeza me ajudaria a resolver isso. Mas você não está. - respiro fundo. — Por isso, tenho que resolver isso sozinha.

Eu levantei, passei a mão pelo meu rosto e fui até o trailer médico, onde o Dr. Carson arrumava alguns medicamentos dentro dos armários.

— Oi! S/n, não é? - sua atenção foi voltada para mim, assim que eu entrei em seu trailer. — Tudo bem com você? Tá sentindo alguma coisa?

— Eu estou bem. - forcei um sorriso. — Só vim fazer uma ultrassom. Ver como o bebê está.

— Ah, claro! - ele sorriu, me ajudando a deitar na maca. — O Daryl deve tá muito animado com o bebê, né? - puxou assunto, colocando aquele gel gelado na minha barriga.

— É, ele tá sim. - concordo, ainda com aquele sorriso forçado.

— E você? Ansiosa pela chegada do seu primeiro filho? - me olhou, sorrindo largo.

— Muito. - finjo empolgação.

Ele mexia aquele aparelho na minha barriga, olhando atentamente para a tela preta e branca que mostrava o pequeno ser dentro de mim.

— Seu bebê tá ótimo. - disse o médico, me entregando um pedaço de papel para limpar minha barriga. — Vou te dar algumas vitaminas pra gestante. Tome elas direito e esse neném vai nascer forte e saudável.

Love in chaos II - Daryl DixonDonde viven las historias. Descúbrelo ahora