30 ¦ mão amiga

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#DeusesDeMetal

Ferro, 05 de Ametista

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Ferro, 05 de Ametista

Sooyoung realmente não gostava de se gabar, mas ela também não conseguia esconder sua felicidade pela viagem a Dongjjog. Passou um dia inteiro flutuando pelo Centro Comunitário, com um bom humor inabalável que, querendo ou não, se espalhava para as pessoas ao seu redor. Perguntaram se ela estava apaixonada, mas Sooyoung negou e depois de hesitar um pouco disse que talvez estivesse apaixonada pela vida.

No entanto, no dia seguinte, as pessoas estavam um pouco inquietas. Era o assunto mais falado, tanto no rádio quanto entre as pessoas na rua: a descoberta de bombas no braço norte de Sarang e a vingança em Bugjjog que ocasionou a morte de crianças. Todos estavam aliviados que o atentado daquela vez não deu certo e a suspeita dos rebeldes virem do norte estava forte, apesar de antes os suspeitos serem de Seojjog, mas ao mesmo tempo era difícil ficar tranquilo depois de pessoas inocentes pagarem o preço. O povo de Sarang estava com os nervos à flor da pele com tantos ataques e mortes, e aqueles homens se deixaram levar pela raiva, uma vez que se não tivessem descoberto as bombas, eles e suas famílias e vizinhos teriam sido explodidos. Todos sabiam que não era certa a vingança por algo que nem chegou a acontecer, mas ficava aquela frase no ar que ninguém tinha coragem de dizer.

"Será que eu faria diferente se, assim como eles, não soubesse que ia dar tão errado?"

Sooyoung estava ficando afetada pelos cochichos e conversas pesadas, além de ter ficado gradualmente mais nervosa quando percebeu que sua suspeita estava correta: o Centro Comunitário estava reforçando a mesma ponte que seria atacada pelos rebeldes, como aconteceu nas outras duas vezes.

Ela decidiu subir para ver se seria de alguma ajuda no terceiro andar, já que aquele não era seu dia de cuidar das crianças no quarto andar, e Subin não podia lhe fazer companhia porque estava na cozinha. Enquanto Sooyoung passava pelo corredor repleto de portas, batendo em cada uma para perguntar o que poderia trazer aos voluntários que faziam trabalho de mesa, ela acabou em frente à porta de Son Seungwan. Contudo, antes de bater, ouviu umas pancadas vindo de dentro da sala e o que parecia ser gemidos de raiva ou luta. O som era quase idêntico ao que ela ouvia na Mansão de Cristal, quando passava em frente aos quartos de suas amigas e tinha que fingir que elas não estavam sendo abusadas de alguma forma.

Mas não daquela vez. Nunca mais iria tapar os ouvidos para aquilo.

Sem bater, ela girou a maçaneta e escancarou a porta, levantando a única arma que tinha, sua caneta de ponta fina. No entanto, Seungwan não estava sendo atacada. Pelo contrário, ela estava batendo seu arco em um banco com tanta raiva que Sooyoung viu o momento que ele se quebrou no meio e os dois pedaços ficaram presos apenas pelo fio. Seungwan levantava e abaixava os ombros enquanto sua respiração permanecia forte por causa da emoção e ela virou o rosto para Sooyoung, que parada no buraco da porta segurando alto uma caneta.

imperfeitos: deuses de metal ; livro 1Onde as histórias ganham vida. Descobre agora