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#DeusesDeMetal

Cobre, 31 de Água Marinha

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Cobre, 31 de Água Marinha

Sooyoung não conseguia manter seus olhos em um único lugar, mudava o peso do corpo de um pé para o outro e mantinha a mão direita ocupada com a mão esquerda. Ela ficava assim em todo lugar com muitas pessoas, exceto no Centro Comunitário, e aquela era uma arena, a cada novo ano atraindo mais multidões. Sua ansiedade vinha da certeza de que quanto mais pessoas encontrasse, maiores as chances de uma delas ser aquele homem.

Sentada, Sooyoung tinha que espremer suas pernas para deixar os outros passarem e sentarem nas arquibancadas também. O ritmo de entrada estava lento porque era preciso subir muitos metros de escada ou elevador. Os engenheiros haviam se superado mais uma vez ao criar uma arena suspensa. A primeira havia sido debaixo das pontes, a segunda estava acima dos prédios, sobre a via principal da ponte oeste. Muitas arquibancadas foram instaladas nos terraços e ventiladores potentes mantinham a fumaça das chaminés longe. Sobre a rua, estava a grande sombra do piso da arena, sustentado por estruturas metálicas temporárias para os três dias de luta e apresentações. Apesar da crise, o governo não havia poupado recursos para manter viva a maior tradição de Sarang: lembrar às pessoas o que acontece se elas forem contra a lei e diverti-las com isso.

Sooyoung nunca foi para as arenas por vontade própria. Às vezes ela foi para conseguir um dia livre no trabalho, às vezes foi como o belo enfeite de um cliente. Naquele momento, estava ali porque Seungwan a convidou. A mulher estava sentada do seu lado, focada em fazer furinhos em dois pedaços de papel que Sooyoung apenas havia notado naquele instante.

— O que a senhorita está fazendo? Que papel é esse?

— É um papel de aposta.

Sooyoung arregalou os olhos.

— Aposta? Na vida e morte dos prisioneiros?

O jeito que ela falou não intimidou Seungwan, que manteve os olhos no papel de apostas.

— Sim. Tem imigrantes ilegais de Seojjog ali. Eu subornei um guarda mês passado por uma lista com seus nomes, quero apostar na vitória de todos eles. Se ganharem, talvez eu acumule dinheiro suficiente para pagar fiança e transporte de volta a Seojjog. Mas não se preocupe, estou usando meu próprio dinheiro para as apostas, não tirei do fundo do Centro.

— Não... Tudo bem. — Sooyoung ficou sem jeito. — É muito bonito como você sempre está pensando em ajudar as pessoas.

— Mesmo usando meios sujos para isso? — Seungwan olhou para ela, com um sorriso de canto.

Sooyoung não soube responder. Ou melhor, ela tinha uma opinião sobre aquilo, mas não sabia se deveria dizer. Decidiu devolver a pergunta:

— A senhorita acha que os meios justificam os fins?

imperfeitos: deuses de metal ; livro 1Donde viven las historias. Descúbrelo ahora