Capítulo 15.

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FABIAN MARTINEZ

Sua voz faz um eco em minha mente. — Vou ser... PAI? — Engulo seco. Observo Olívia, que permanece imóvel e com uma expressão de incredulidade em sua face.

— Ai, não... — Sussurra e senta-se no sofá, parecendo estar abalada.

Então uma lembrança me vem a mente:

— Papai, um dia terei barba como você? — Questiono-o, o mesmo arrumava o pequeno barco que usava para pescar, em seus tempos livres.

— Terás meu filho, quando se tornar pai, como eu! — Responde-me com um sorriso.

— É verdade que todos os homens nascem preparados para serem papais? — Pergunto-o.

— Nem todos meu pequeno, há homens por aí que nunca quiseram ou porquê nunca tiveram a oportunidade.

— E você papai? Estava preparado?

— Ah, você foi uma surpresa para nós. E não estava preparado nenhum um pouco, tanto eu quanto sua mãe. Mas estávamos juntos e enfrentamos todas as dificuldades com amor e carinho. Então, quando tiveres seu filho, não deixe que sua esposa cuide da criança sozinha e seja um pai presente.

— Como você é para mim? — O mesmo assente.

Com isso, a memória chega ao final e volto a realidade. Recordo-me dos valores que meu pai deixou para que os seguisse. — Ele não estava preparado para tal responsabilidade, mas me amou e cuidou mesmo assim. Por que faria diferente com meu filho? — Olho para Olívia, que ainda estava no sofá, de cabeça baixa.

A vejo soluçar e com dificuldade me levanto e caminho até a mesma. Abaixo-me na sua frente e toco em seus joelhos, a mesma tem um leve espanto e fita-me com seus olhos vermelhos pelo choro.

— Xiii... — Puxo-a para mim e beijo-a na testa. — Desculpe se a fiz pensar que não assumiria a paternidade. Quero que saibas que jamais o farei e que estarei ao seu lado para o que der e vier. Sei que não estamos prontos para cuidar de um bebê, mas tudo ficará bem se estivermos juntos, certo? — A mesma assente, dou-lhe um beijo nos lábios e a abraço.

DIAS DEPOIS...

OLÍVIA GRECO

Finalmente voltamos para casa, Fabian seguiu para a sua e eu para a minha. Na verdade, combinamos que íamos nos casar no civil por enquanto, pelo menos até que o bebê nascesse.

Por falar no bebê, fomos a primeira consulta para sabermos como estava e ouvimos seu coraçãozinho. — Quase morri de tanto amor!

Também pedi demissão na empresa de Marco, o mesmo tentou convencer-me de todas as formas para que continuasse no trabalho, mas não podia continuar ao seu lado, já que ele não respeitaria-me como amiga. — Como estou?

Agora trabalho em um café, que apesar de pequeno, é muito bem frequentado. Os primeiros dias para mim foram muito difíceis. Nunca havia feito algo do tipo, causei alguns prejuízos e isso me custou alguns descontos justos no salário. Além disso, Fabian vem buscar-me todos os dias após o expediente.

— Olá... — Uma voz interrompe meus pensamentos, olho para a frente e percebo ser um rapaz e ao seu lado havia uma mulher grávida.

Mais grávida do que eu... — A mesma parecia cansada e seus pés muito inchados.

A visão me faz engolir seco, ao pensar em como ficarei daqui alguns meses. O homem por sua vez, acaba percebendo que estou olhando demais para sua mulher e pergunta:

 Romance With The Boss.                                             RevisãoWhere stories live. Discover now