Capítulo 18.

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OLÍVIA GRECO

“Estou esperando um filho seu...” — Essa frase ecoa em minha mente por longos segundos.

Fabian permanece imóvel ao meu lado, feito uma estátua. Enquanto todos permanecem no mais completo silêncio à nossa volta.

— O que disse? — Pergunto em um tom automático.

— Isso mesmo que ouviu. — Rebate Elena. — Fabian e eu ficamos juntos duas semanas atrás e agora estou grávida. — Com essas palavras, minha vista deixa-a e recai sobre Fabian, que está admirando seus sapatos caros.

— Diga-me, isso é verdade? — Sem obter nenhuma resposta de sua parte, lágrimas começam a brotar em meus olhos. — Fabian, não fique calado!!!

— Eu não lembro de nada... — Diz em um fio. — Oly, por favor...

— Não me chame de "Oly", seu maldito! O que você fez?! — O mesmo se aproxima de mim e tentar me tocar, mas recuso seu toque e dou dois passos para trás.

— Não lembro de nada, ela me embebedou e me fez perder a consciência. Por favor, acredite em mim... Juro que tentei explicar à você, mas tive muito medo de machucá-la e ao bebê também. — Diz com lágrimas em seus olhos.

— Não jogue a culpa só para mim, Fabian. Você queria tanto quanto eu, me desejava e disse que ela era só um passatempo. — O peso das palavras de Elena são como gasolina jogada contra o fogo. Volto-me para Fabian e digo em um tom frio:

— Nunca mais apareça em minha frente. — Alterno meu olhar dele para Elena. — Vocês dois se merecem! — Fabian tenta aproximar-se, mas me afasto desprezando seu contato. Sem acrescentar mais nada, dou as costas a ele e desço do palco. Ninguém ousa se aproximar para falar algo.

Melhor assim...

Uma vez que saio da festa, o choro me pega com mais intensidade. Alguns minutos depois, ouço um barulho de carro e quando subo a visão, vejo um automóvel parar em minha frente. O vidro do mesmo vai abaixando lentamente, revelando o rosto de Marco, alguém que não esperava ver tão cedo.

Não querendo que o mesmo veja minha situação deplorável, enxugo minhas lágrimas e tento ao máximo me recompor.

— O que faz aqui? Não lembro de tê-lo convidado. — Cruzo os braços, enquanto o mesmo desce do carro e para próximo à mim.

— O Martinez me enviou o convite por pura provocação, não ia vir. Mas senti que devia e aqui estou. Eu vi e ouvi tudo o que houve lá dentro. Você... — Me analisa. — Precisa de algo?

— Preciso sair daqui... — Sem conseguir me controlar por mais tempo, volto a cair no choro e o mesmo pega-me por meus ombros. Colocando-me no banco posterior, dentro de seu carro.

Vejo um homem no controle da direção, o mesmo mantém sua visão voltada para a frente. Em alguns segundos, Marco junta-se à mim e dá ordens para que o homem siga para algum lugar que não sabia. Só o que sei, é que tudo ao meu redor vai ficando na mais completa escuridão.

[...]

Volto à mim com os toques de meu telefone, levanto-me com dificuldade e o pego em uma mesinha ao lado da cama em que estou. Não tive noção de quanto tempo permaneci desacordada, mas pareceu muito tempo. Já que parece ser a manhã do dia seguinte.

De repente, alguém começa a ligar para mim. Observo o identificador de chamadas e vejo o nome de Alfred Steven, com insegurança, atendo a chamada e levo o telefone até meu ouvido.

— Olívia, minha querida. Onde você está? Estamos morrendo de preocupação. — Sua voz parece embargada.

— Olá Alfred. Não sei onde estou, tudo o que sei é que estou bem. — Falo em um tom automático, parecendo um robô. — E se Fabian estiver perto, diga-o que não quero vê-lo, mais fácil o diabo do que ele.

 Romance With The Boss.                                             RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora