Epílogo.

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DOIS MESES DEPOIS...

OLÍVIA GRECO

Com tristeza jogo suas cinzas no mar, este foi seu último pedido e mesmo que tivesse todos os motivos suficientes para não fazê-lo. Aqui estou eu, despedindo-me dignamente de Sofia.

Enquanto Daniel segura Alessa em seus braços, um pouco mais para trás. Olho para o horizonte e suspiro pesadamente.

— Sofia, onde quer que você esteja. Quero que saiba que a perdôo por tudo o fez e tentou fazer... — Dou um leve sorriso, admirando a paisagem.

Dias depois de ser presa, Sofia sentiu-se mal na prisão e foi então que descobrimos que ela tinha um tumor maligno na cabeça, a mesma já estava em estado terminal e os médicos lhe deram apenas dois meses de vida.

Foram poucas as vezes que pude ir vê-la, já que cada vez mais seu quadro piorava.

Volto para o carro, Daniel entrega-me um papel dobrado. Abro o mesmo e leio o que nele está escrito:

— Olívia, peço perdão por tudo o que lhe fiz. E perdão por machucar a quem você ama, mas sei que Fabian irá se recuperar rapidamente e irá voltar para você. Aproveite sua vida longa, visite novos ares e nunca desista daquilo que lhe faz bem. Não cometa os mesmos erros que eu, não aproveitei o pouco tempo de vida que tinha e apenas o dediquei a fazer mal para os outros. — Lágrimas nublam meus olhos, mas as limpo e guardo a carta em meu bolso. Minha visão recai sobre meu cognato e minha figlia. — Como, como você conseguiu isso? — Questiono Daniel com dificuldade, por estar sentindo vontade de chorar.

— Sofia pediu ao médico que a estava tratando, para que ele entregasse à mim. E disse-lhe que esta carta só poderia chegar em suas mãos depois que ela partisse. — Assinto tristemente.

— Bom, grazie mille. Pode me levar para o hospital agora? Vou passar a tarde com Fabian. — O mesmo concorda e coloca Alessa em sua cadeirinha. Nós entramos no carro e seguimos rumo ao hospital.

Infelizmente, minha irmã teve um final trágico... Enquanto à Antonella, foi presa e está pagando por seus crimes como o merecido!

HORAS MAIS TARDE...

Bip, bip, bip... — Este som se tornou tão presente em minha vida desde aquele episódio. Dói em minha alma a cada vez que marca os batimentos de Fabian e ele não estar em condições para falar ou reagir quando falo sobre algo, mas também traz-me um pouco de esperança em vê-lo acordar.

— Amor, sabe... Ruggero e Daniel estão cuidando muito bem da sua empresa. Ah e falando sobre Ruggero, ele está muito feliz com seu filho, nosso pequenino Thiago. Elena como havia dito, não quis saber do bebê e se mandou para a França. Estou ajudando nosso amigo com o que posso, tem dias que sinto-me exausta. São tantos problemas, mas tudo se resolveria se voltasse para nós, meu amor. — Deito em seu peito e choro feito uma criancinha, até adormecer.

Não tenho ideia de quanto tempo se passou, mas acordo com o chorinho de Alessa. Permaneço de olhos fechados e tenho a sensação de estar sendo observada, levanto a cabeça e olho para Fabian, balanço a cabeça ao ver que era somente minha imaginação me pregando peças.

Vou até Alessa e a pego nos braços, tentando acalmá-la. Porém, vendo que ela não iria parar de chorar, sento-me na poltrona e ponho um dos meus seios para a fora. A mesma agarra-o com voracidade, fazendo-me sorrir.

— Você está faminta, não é mio angelo? Até parece que não comeu há meia hora. — Novamente tenho a mesma sensação de minutos atrás, volto a observar Fabian. Que obviamente permanece na mesma situação. — Minha filha, quando será que seu pai irá voltar para nós? — Os olhinhos curiosos de Alessa encaram os meus, como se estivesse me dando alguma resposta a minha pergunta.

 Romance With The Boss.                                             RevisãoWhere stories live. Discover now