Capítulo 22.

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FABIAN MARTINEZ

Seguro o choro o quanto posso, até passar por ela e à beira das lágrimas fecho a porta de seu apartamento e antes que me afastasse suficientemente, ouço um barulho vir de lá e preocupado pelo que possa ter acontecido, volto para trás e devagar abro a porta, entrando em desespero ao encontrar Olívia desacordada no chão.

— Olívia, céus, o que fiz? — Com cuidado a pego no colo e sem pensar duas vezes a ponho no sofá e pego a pequena bolsinha que estava em baixo de seus pés. Verifico se seus documentos estavam lá e ao ter a certeza, ponho-a em baixo do braço e volto a pegar Olívia em meu colo.

Saio de seu apartamento e desço as escadas com dificuldade, mas finalmente chego no carro e decido levá-la para a clínica. Durante todo o caminho, não parava de observá-la. — “As primeiras semanas são as mais importantes para a mãe e o bebê, a gestante não pode sentir fortes emoções. Pois pode ser prejudicial para a saúde dos dois”. — As palavras da doutora de repente me vêem á mente. — Olívia passou mais do que fortes emoções e sua gravidez podia tornar a ser de risco.

Ao chegar na clínica, somos recebidos por alguns enfermeiros. Que me ajudam a levá-la para dentro, a mesma é levada a um quarto, onde eles começam a examiná-la. Até que um deles me pergunta:

— O senhor sabe dizer-me se a senhorita tem algum tipo de enfermidade? — Faço que “não” com a cabeça e respondo:

— Ela não tem, mas está grávida.

— Entendo, ela sofreu algum tipo de perturbação e teve motivos para estar nervosa? — Envergonhado, assinto e me limito a falar qualquer coisa. Os outros enfermeiros colocam algodão com álcool perto de suas narinas e Olívia vai voltando a si aos poucos. — A mesma apenas estava desacordada, mas sugiro que procurem saber como o bebê está, pois se ela desmaiou quando ninguém estava perto, provavelmente houve uma queda. Mas a partir daqui não podemos fazer muito quanto à isso. O bom seria que a obstetra que faz seu acompanhamento, viesse ver como está o bebê.

— Certo, quem faz seu acompanhamento é a Dra. Smith. — Falo e uma jovem enfermeira responde:

— Conheço a Dra. Smith e seu consultório fica nas proximidades, vamos levar a senhorita até lá, sim? — Os outros concordam e levam Olívia para fora do quarto novamente.

OLÍVIA GRECO

Aos poucos minha visão vai ficando mais clara, luzes vão passando, olho ao meu redor, vejo pessoas de branco e pela vestimentas, diria que estava em um ambiente hospitalar ou algo próximo à isso.

Ouço um som de porta se abrir, a imagem de minha obstetra aparece em minha frente e a mesma me observa minuciosamente.

— Sr. Martinez, o que lhes havia dito na última vez em que nos vimos?

Fabian? Mas...

— Que ela não devia sentir fortes emoções... — Sua voz profunda e gutural atiça meus sentidos de uma forma que não queria. — Prometo que irei cuidar dela melhor.

— Desculpe se estiver sendo grossa, mas não é à mim que deve prometer alguma coisa. Olha Sr. Martinez... — A doutora faz uma pausa, como se estivesse pensando no que irá falar. — Não sou psicóloga para fazer terapia de casal, sei bem disso. E seja lá o que estiver se passando entre vocês, não interessa à mim, o que realmente me importa é a saúde e bem estar da mãe e o bebê, se o senhor não está apto para isso, apenas contrate alguém para ajudá-la a cuidar da gravidez. Sei bem quem você é e sei que é bastante ocupado e uma mulher grávida precisa sempre estar acompanhada.

 Romance With The Boss.                                             RevisãoWhere stories live. Discover now