Capítulo 42.

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OLÍVIA GRECO

Abro meus olhos, que estavam embaçados pela claridade. Sinto um ar frio por todo o meu corpo, uma silhueta aparece do meu lado. Era um homem e pelo jeito em que estava, parecia estar nu, mas não era Fabian. Minha visão aos poucos vai voltando ao normal.

O sujeito perto de mim era loiro, de olhos azuis e bochechas levemente coradas. O mesmo mantinha um sorriso ladino e se alargou mais ao ver que o estava encarando.

— OLÍVIA!!! — Ouço um grito estrondoso, me esforço para levantar e só então percebo que estou apenas de lingerie. Meus olhos vagam até a porta, encontrando Fabian com uma expressão de ira em seu rosto e Elena, que estava com um pequeno sorrisinho no canto de sua boca. Volto-me para o homem, que estava unicamente com uma cueca boxer.

Merda. — Meus olhos se esbugalham, quase saltando para fora do lugar. Tento ir até Fabian, mas por algum motivo minhas pernas estavam fracas e não me obedeciam.

— Fabian, por favor... Não é isso. — Com dificuldade para ficar de pé, acabo por cair no chão ao não aguentar meu próprio peso. A única opção que tenho é rastejar até ele, e é o que faço. — Deixe-me tentar explicar! — Logo o mesmo vem até mim, pegando-me pelos braços e apertando-me com força.

— O que vai me explicar em? Que me traiu?! Por isso que não queria que vinhesse atrás de você, não é? — Balanço a cabeça negativamente e digo:

— Não, não dormi com ele. Acredite em mim... — O mesmo solta uma risada cheia de ironia e me arrasta para fora do quarto, me levando à força até a habitação em que estávamos ficando, abrindo a porta e me jogando no chão. — Aii... — Grunho pelo impacto.

— Fique aí, esse é o seu lugar. Junto com o vermes. — Suas palavras dilaceram meu coração e fazem com que lágrimas brotem em meus olhos. — Sabe? Achei que ninguém nunca ia superar o que Elena fez comigo, mas acho que lhe subestimei! Você fez pior, sabe por quê? Porque pelo menos, não peguei Elena no ato! Que asco estou sentindo.

— Eu não... Não fiz nada. Fabian, estou implorando, acredite em mim. — Meu choro se torna mais compulsivo.

— Arrume suas coisas, estamos indo em alguns minutos! Deixarei você em casa e depois não quero tornar a vê-la. — Fala em um tom frio, em seguida se retira do quarto e fecha a porta com muita força.

Acabo por acordar e levanto-me de supetão, percebendo que estava chorando ao tocar minha bochecha. Olho para o lado, vejo Fabian dormir tranquilamente e parecendo satisfeito.

Não sei bem o que esse sonho (que está mais para lembrança) pode significar, e o mais pior é que sinto algo ruim em meu íntimo, essas memórias ruins reacendem mágoas passadas e não pode ser assim.

Saio da cama, visto a camisa de Fabian e vou em direção a sala. Está escuro, então certamente ainda é madrugada. Sento-me no sofá e começo a pensar novamente em meu sonho. De repente, outras imagens voltam a minha mente:

— Bom di... — Vou cumprimentando-o, mas o mesmo me corta.

— Sente-se e coma. — Diz mantendo seu olhar preso ao iPad. Levanto as sobrancelhas em surpresa. — Espero que esteja com as malas prontas, estamos voltando para a cidade dentro de alguns minutos. Tenho uma reunião em Nova Iorque e sairei às dez e meia. — Fico tão estática, que apenas me sento sem respondê-lo.

Sirvo-me, mas a comida parecia não querer descer. Então junto todas as forças que em mim há, para poder questioná-lo:

— Aconteceu alguma coisa? — Ele retira sua atenção do aparelho e me encara, engulo seco sob seu olhar cortante.

 Romance With The Boss.                                             RevisãoOnde histórias criam vida. Descubra agora