Capítulo 30.

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OLÍVIA GRECO

Seguindo para a casa de Alfred, não parava de notar o quanto Fabian estava tenso. Já estou para perguntá-lo o que há, mas antes que pudesse falar qualquer coisa, percebo que já estamos frente a mansão, esta não era a casa de antes. Pois possuía um modelo mais clássico, na lateral da casa havia uma grande árvore de figueira, que parecia tão bem cuidada.

Fabian abre a porta do carro para mim e me oferece o braço, que pego e continuo a admirar a enorme mansão, Ruggero que vinha logo atrás, estaciona seu carro ao lado do automóvel de Fabian. De repente as portas da casa grande são abertas e Alfred vem nos receber com um largo sorriso, acabo sendo a primeira pessoa a quem ele busca um abraço.

Desde o começo, quando o conheci, Alfred se mostrou carinhoso e sentia por ele um afeto paterno. O que era estranho, porque apesar de nos darmos muito bem, foram poucas as vezes que nos vimos.

— Sabe minha querida, senti muitas saudades de você. — Fala ao afastar-se e segura-me pelos ombros.

— Olá Alfred, nós também estamos aqui. — Disse Ruggero ao lado de Fabian, acenando para Alfred. Que revira os olhos e segue para cumprimentá-los amigavelmente.

— Bem, venham. Vamos entrar, está frio. — Disse ele, fazendo as honras e caminhando para dentro da mansão, enquanto nós o seguimos.

Talvez fosse minha mente me pregando peças, mas sinto uma áurea diferente vinda desta casa. E também uma sensação de Déjà vu, como se já tivesse vindo aqui.

— Tenho a sensação de que já estive aqui. — Minha voz faz todos ficarem em silêncio, Fabian arregala os olhos e Alfred fica estático, enquanto Ruggero apenas não entende a situação.

— Bom, acho que todos nós já sentimos algo assim, não é? — Sugere Ruggero e nós assentimos. Observo a atitude estranha de Alfred e meu marido.

— Com certeza, bom meus meninos. Vão acomodar-se em seus quartos e desçam para que possamos comer algo. — Concordamos e assim nós subimos e vamos para os quartos.

A sensação de reconhecimento não me deixava e isso não poderia ser coincidência e muito menos seria meu cérebro me enganando.

ALFRED STEVEN

Observo as crianças subirem, com uma grande emoção por ter ali bem perto, uma parte de mim que tanto procurei e acreditei ter encontrado. Porém, era só mais uma armação de uma pessoa cruel, a qual cheguei a chamar de “mãe”.

Elena não era a filha que perdi em minha juventude. E por isso decidi investigar tudo sobre Olívia, mas foi apenas uma confirmação para o que já suspeitava desde quando a vi.

Como resultado, congelei todo o dinheiro que coloquei na conta bancária de Elena e bloqueei todos os seus cartões. Não faz sentido continuar dando a ela o que pertence a minha filha. Mas esse não era o único motivo, e sim, que Elena nunca me respeitou como seu pai e mesmo que a tenha educado bem de todas as formas que pude, ela ainda sim me causou muita vergonha e fez mal a minha Olívia.

Tudo o que quero é me reaproximar de Olívia e que ela saiba que sou seu pai. Que ela me ame como seu papà, assim como eu a amo como figlia.

Retiro a carteira de meu bolso e a abro, pegando em minha mão a única coisa que me restou de Martina. Uma foto que a mesma me deu, alguns dias depois que começamos a namorar.

Sim, ela havia cuidado de nossa filha. Me senti muito mal por cogitar a hipótese de que ela a tivesse abandonado.

Olívia agora era uma mulher e mãe de família, nada poderia me fazer mais feliz do que isso. — Mas... — Um pensamento triste invade minha mente, quando pedi um dossiê sobre minha filha, tive não só a certeza que Martina era sua mãe, como também soube que já havia falecido.

 Romance With The Boss.                                             RevisãoUnde poveștirile trăiesc. Descoperă acum