De volta à minha vida (Metrópoles #4)

17

LUKE

Ouço a conversa alta antes mesmo de entrar em casa, mas nem precisaria disso pra saber que temos visitas.

Os dois carros extras na frente da nossa casa já me informaram sobre isso.

— O tio Luke chegou! — Mary grita assim que abro a porta.

Ela vem imediatamente até mim e eu me abaixo para abraçá-la.

— Ei jogadora. — Dou um beijo estalado no rosto dela. — O que está acontecendo aqui?

— Mamãe, tia Sofh e tia Gwen sairam para um momento de mulheres e eu estou aqui com meu pai e o tio Matt.

Entendi. Agora que Sofia apresentou Gwen e Jessica ninguém vai parar o trio. Elas foram juntas ao primeiro jogo da pré temporada e pareciam melhores amigas da vida toda.

Eu joguei por apenas alguns minutos, mas foi incrível, mal posso esperar o próximo em alguns dias, e dessa vez vamos jogar em casa.

— E aí Sebas!? — Troco um aperto de mão e um soquinho com ele. — Então no que consiste um momento de mulheres?

— Quarenta minutos de massagem, manicure, compras, alguns drinques. — É Matthew quem me responde.

Me sento na poltrona vazia e olho para onde Mary se sentou para desenhar. — Vocês já a alimentaram? Jess vai matar alguém se ela não comer.

Sebas me joga um pacote fechado de salgadinhos.

— Ela mal come, o médico disse que está no peso certo e que não tem nenhum problema. — Meu amigo me explica. — Só é chata para comer.

— Eu não sou chata! — Mary grita.

Matt dá risada e tira o celular do bolso. — Então vamos pedir pizza mesmo.

E nós pedimos. E comemos muito, mas deixamos uma pizza intacta caso as mulheres queiram. Também lavamos a louça porque Gwen provavelmente reclamaria que a cozinha estava nojenta.

Passam das dez quando elas chegam, Mary já apagou no sofá há quase uma hora.

— Nós demoramos um pouco. — Jess diz quando vê a filha dormindo. — É que foi tão relaxante sair assim.

Sebastian dá um sorriso genuíno quando vai até a esposa e toca o seu cabelo. — Você cortou, está linda. — Ele a elogia fazendo Jessica parecer sem graça por um momento. Algo muito raro.

— Obrigada. Você reparou. — Há surpresa na voz dela. — Apostei cinquenta dólares com a sua irmã que você não ia reparar.

Ao invés de se chatear por isso Sebas abraça a esposa, mas afasta um braço para tirar a carteira do bolso e entrega a irmã.

— Pega os cinquenta dólares.

Sofia abre a carteira e pega a nota a exibindo feliz.

— Mandou bem em reparar. — Ela diz ao irmão. — E eu nem precisei trapacear, até tinha pensado em mandar uma mensagem avisando.

Obviamente ela está brincando, Sofia é contra qualquer trapaça em jogos ou envolvendo apostas. Ela tem raiva porque sempre que seu pai fazia isso acabava se metendo em mais problemas.

— Então vamos? — Sebastian chama.

— Vão vocês. Gwen quer me fazer provar o melhor drink de vinho do mundo segundo ela.

Talvez Sebas saiba que ele não vai conseguir a fazer ir, então ele olha para mim e para Matthew. — Não a deixem dirigir bêbada.

— Obviamente não.