Capítulo nove: Sonhos Destruídos

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A conversa tida horas atrás, na base, era lembrada por Micaela, enquanto caminhava pela rua.

— Não conseguimos alcançá-la, ela conseguiu escapar. — Anunciara Maire.

Estavam todos reunidos no salão principal, cada um dentro do círculo de seu signo, Sofie ao centro.

— Estávamos do outro lado da cidade. — Disse Hayato — Corremos o máximo possível, mas não conseguimos chegar a tempo.

— A pergunta é... — Sofie se manifestou — porque os que estavam mais próximos da área não foram para lá?

— Tivemos contratempos. — Explicou Sniper — No trem.

— Trem? — Indagou Mau — E por que não foram de ônibus?

Sniper olhou torto para Shermmie, que fingia ignorar esse olhar.

— Essa é uma ótima pergunta, my friend. Ainda tentei avisar as outras duas duplas, mas não consegui.

— Meu celular descarregou. — Anunciou Ryan — E o meu irmão passou a tarde inteira namorando pelo telefone dele.

— Qualé? — Indignou-se o mencionado — Minha mina tá do outro lado do mundo, deem um desconto. Não vou dispensá-la nas raras vezes em que me liga.

— Ela te liga todos os dias, Eric.

Hikari se indignou:

— E por que ninguém ligou pra mim?

— Eu liguei! — Disse Sniper — Você é que não atendeu.

— Se meu celular tivesse tocado, eu teria atendido. — Ela tirou o aparelho do bolso e riu, sem graça, ao olhar para o visor — Oh, olha só... Quinze ligações não atendidas. Tirei o volume do celular outro dia e esqueci de colocar de novo.

— Que desastre é essa equipe. — Resmungou Live.

Sofie sentiu vontade de concordar, mas resolveu que broncas naquele momento seriam inúteis.

— Micaela, alguma mudança?

A loira, que até então estivera calada, balançou a cabeça negativamente e respondeu:

— O computador continua detectando youki naquela mesma área.

— Muito bem... — Sofie pensou por um instante. — Então não perderemos mais tempo. Vamos investigar a área.

— É um bairro de vida noturna — Explicou Mau. — Logo, a noite será o horário ideal para os youkais agirem.

— Que gênio. — Ironizou Micaela.

Ele ia retrucar, mas Sofie o impediu, anunciando:

— Chega de perder tempo, já está anoitecendo. Vamos nos dividir em pequenos grupos e começar a agir.


— O que essa doida da Gautier tem na cabeça? — Resmungou Micaela, parando em uma calçada, em frente a uma boate.

Maurício parou ao lado dela.

— Na certa não é boa coisa. Ela nos redividiu para as buscas... E ainda assim me deixou com você.

— Eu não sei por que é que eu tive que vir pra essa área de... — Seguiu com os olhos uma moça que passava por eles, usando top e microbermuda, e fez cara de enojada — Arg, o que eu tenho a ver com prostitutas? Que morram, não estou nem aí.

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