Capítulo trinta e dois - Despedidas e Recomeços

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Oi, amores!

Em primeiro lugar, não me batam!! rs... O capítulo está em atraso porque ontem a minha internet estava de frescura e não me deixou postar =(

Mas aqui está o último capítulo, bem grandão pra vocês! <3 Mas calma que ainda não é final! Ainda tem um epílogo, que postarei até o final da semana.

Espero que vocês gostem e aguardo ansiosa pelos comentários! <3 

Beijocas e boa leitura!


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Nenhuma palavra foi trocada durante toda a viagem. Ryan e Maurí­cio ficaram para esperá-las e as guiaram até o carro que usaram para chegar ao local. Em determinado ponto desse trajeto, Anne teve que ser carregada por Ryan e mesmo Sofie estava tão fraca que, em vários momentos, preci­sou ser amparada por Maurício. Assim, pegaram o carro e, em pouco mais de duas horas, chegaram à base. Já era noite e o frio diminuíra considera­velmente desde o momento em que a barreira fora lacrada.

Assim que entraram na base, Anne se dirigiu até o grande círculo lo­calizado ao centro do salão e lá parou, pensativa, com o olhar distante. Sofie também parou, ainda próxima à porta e pôs-se a olhar a filha. Entendendo a deixa, Ryan e Maurício seguiram para seus quartos, deixando as duas a sós.

Anne sentou-se no chão, diante do círculo do signo de Sagitário e ali ficou, perdida em lembranças, pensamentos, sentimentos e dor. Se lhe dessem a chance de escolher, certamente optaria por nunca mais retornar àquela base, onde havia conhecido e se apaixonado por Hayato Toshihiko, e que, agora, parecia deserta sem a sua presença.

O silêncio ainda se manteve por dois ou três intermináveis minutos, até que Sofie se aproximou, parando a alguns passos de distância da filha.

– É melhor você tomar um banho enquanto eu preparo algo para você comer antes de dormir.

– Não estou com fome. – A loira respondeu, ainda com os olhos fixos no símbolo de Sagitário. – Nem com sono.

– Foram dias muito difíceis. – Disse Sofie – Você deve estar exausta. E o veneno em seu corpo, por si só, já causa muito sono e mal estar.

– Sei que não vou conseguir dormir. – Num rápido momento, Sofie teve a impressão de ver o leve traço de um sorriso se formar nos lábios de Anne. – Quando eu perdia o sono, Mara me dizia que eu era tão ansiosa que é como se tivesse formigas na minha cama.

Sofie fechou os olhos por alguns segundos, sentindo-se terrivelmente incomodada por aquela menção de Anne à falecida youkai. Pensava no quanto as coisas poderiam ter sido diferentes, caso Mara não tivesse fugido com Giulia para o Brasil, levando-a a acreditar que esta estivesse morta. Era impossível, para ela, não odiar a youkai por isso. Contudo, ao mesmo tem­po, sabia que Mara fora a mãe que Anne conhecera, e precisava aprender a conviver com esse fato.

– De qualquer maneira, você precisa descansar. – Sofie falou, por fim. – Se não quiser comer, ao menos beba algo. Minha mãe sempre dizia que, quando se está sem sono, não há nada melhor do que tomar um copo de...

– Leite quente com chocolate. – Anne completou, causando surpre­sa a Sofie. – Lembro de minha avó me dizendo isso.

Surpresa, Sofie sentou-se no chão, ao lado de Anne.

– Lembra-se de sua avó?

Ainda sem olhá-la, Anne confirmou:

– Um pouco. Lembro que ela era bonita, tinha os olhos castanhos e os cabelos... – Ela levantou o rosto, finalmente olhando para a mãe. – Como os seus.

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