03 | o verdadeiro presente de grego

5.1K 278 114
                                    

ROUEN, 2020

Oops! This image does not follow our content guidelines. To continue publishing, please remove it or upload a different image.

ROUEN, 2020

O Natal na casa dos Gasly era o programa favorito de Claire. Com aquela família, ela se sentia bem e acolhida — não que o pai e a irmã não fossem receptivos. Em meio a eles, a francesa não precisava explicar o tempo todo suas escolhas e nem como odiava exercer a profissão que sua mãe tinha, optando por sair de casa e ir morar em Paris.

Claire estava livre, sem a pressão da mãe, mas isso acarretava a distância do pai e da irmã caçula, que a cada dia era mais inserida nas exigências da mãe, transformando-a em um robô que acatava ordens. Baux tinha medo de Louise ser sugada pelas vontades da mãe e não seguir o sonho que amava verdadeiramente. No entanto, até aquela altura a caçula gostava do que vivia.

— Finalmente você chegou, Claire! — Pierre exclamou sorridente, puxando a melhor amiga para dentro da casa. — Achei que teria que te buscar em Paris. — ela rolou os olhos.

Claire usava um vestido vermelho e tinha os braços cheios de presentes, eram sempre coisas simples, mas que ganhavam um valor sentimental imensurável.

Seus fios de cabelo estavam soltos e um sorriso gigantesco cobria seus lábios, enquanto Pierre tirava as sacolas de sua mão, colocando debaixo da árvore de Natal.

— Achou que eu não viria? — perguntou ao piloto, puxando-o para um abraço. — Além de amar sua família, eu prefiro mil vezes estar aqui com vocês. — beijou a bochecha dele.

— Eu sei, boo. — ele sorriu. — Minha mãe estava perguntando por você. — Claire o soltou e foi em direção a cozinha, onde a mulher estava preparando os últimos detalhes do jantar.

— Tia Pas! — Claire abriu os braços e acolheu a mulher em um abraço caloroso. — Como está? — olhou para ela.

— Oi, querida. — beijou a bochecha dela. — Eu estou bem e você? — segurou-a pelos ombros, para ver seu rosto.

A mulher de meia idade, era a mãe que Claire tinha adotado para si, que ela considerava muito e para quem sempre esteve disposta a se abrir. E Claire era a filha que Pascale nunca teve.

— Estou bem. — garantiu. — Quer ajuda em alguma coisa? — perguntou, sentindo o aroma maravilhoso que exalava pela cozinha.

— Oh, não. — soltou a garota para verificar uma das panelas. — Vá para a sala. Os meninos estão lá em cima e já descem. — explicou, misturando algo.

— Onde está o tio Jean? — questionou, ao notar que não tinha visto o homem.

— Está lá em cima também. — respondeu.

Claire caminhou para a sala, onde encontrou Pierre, seus irmãos, suas cunhadas e seus sobrinhos. A garota cumprimentou todos e se sentou em meio a eles, engatando uma conversa animada.

Aquela era a família que Claire queria, uma família grande, com compreensão e unidas pelo amor.

— Claire, querida! — Jean desceu, vendo a garota conversando com todos. — Achei que não iria vir. — abraçou-a.

CRASH | CHARLES LECLERC Where stories live. Discover now