SÉRIE GRAND CHELEM | LIVRO 4
Claire Baux não gosta nem um pouco de Charles Leclerc. Todos no seu convívio sabem disso.
Mas ninguém sabe o porquê.
Barein, 2020.
Durante a caminhada entre as pessoas que transitavam em meio ao caos, na busca de notícia...
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ÁUSTRIA, 2021
Mais uma ligação tinha terminado, Charles guardou o celular no bolso, podendo ver Mia a sua frente, com uma expressão indecifrável.
As coisas para ele dentro da Ferrari não estavam boas, não só pelas corridas, mas pelas faltas que ele acumulava. O piloto não tinha ido a Maranello desde o acidente com Claire e por mais que todos soubessem que a situação era delicada, não tinha muito o que fazer por ela, já que a garota estava em coma.
O sentimento de impotência o incomodava. Ver Claire todos os dias presa àquela cama de hospital e não poder fazer nada para que ela saísse dali o fazia desejar desaparecer.
Charles nunca foi irresponsável, mas diante aos acontecimentos ele não pensava em outra coisa a não ser estar ao lado próximo de Claire, esperando que ela abrisse os olhos e dissesse que estava tudo bem.
Mas não estava e isso fazia de sua vida um completo caos.
— Charles, eu vou ser bem clara com você. — ela cruzou os braços. — Eu te admiro demais, gosto muito de trabalhar com você, mas sua irresponsável está deixando todos da cúpula da Ferrari um pouco… como vou dizer… Putos pra caralho. — Charles assentiu sacudindo a cabeça. — Eu sei que a situação é difícil, você está sofrendo, mas não há muito o que fazer por agora e você precisa ir para Maranello na próxima reunião. — ele assentiu. — A Claire vai acordar em algum momento e você vai ter a vida toda para ficar ao lado dela, mas o seu emprego não.
— Eu sei, Mia. — ele engoliu em seco. — Eu vou me esforçar muito para melhorar. A Claire não iria querer que eu estivesse assim. — ela assentiu.
— Certo. — Mia afirmou. — Vamos! Temos a coletiva agora. — ela o puxou pelo braço.
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PARIS
O tic tac do relógio do corredor ressoava dentro da UTI mesmo ele estando longe.
Louise verificou a mão da irmã mais uma vez, buscando algum sinal de movimento, mas não havia nada. E isso a deixou agoniada.