SÉRIE GRAND CHELEM | LIVRO 4
Claire Baux não gosta nem um pouco de Charles Leclerc. Todos no seu convívio sabem disso.
Mas ninguém sabe o porquê.
Barein, 2020.
Durante a caminhada entre as pessoas que transitavam em meio ao caos, na busca de notícia...
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DUBAI, 2020
Naquela tarde quente em Dubai, Claire repassava um plano que poderia fazer Charles voltar para Mônaco rapidinho.
A temperatura alta fazia a francesa abanar-se de segundo a segundo, fazendo com que ela amarrasse o cabelo em um coque alto, enquanto caminhava sobre a areia do deserto.
Charles estava a alguns metros de distância, observando a imensidão de areia a sua frente, pensando como faria para se livrar daquela garota irritante.
O monegasco então olhou para atrás e viu a francesa se aproximar dele. Charles deu um sorriso fraco.
— Está gostando do passeio? — ele perguntou vendo-a parar ao seu lado.
Claire colocou a mão na intenção de tampar a luz do Sol em seu rosto e assentiu.
— Sim. — respondeu olhando para frente. — Acho que viemos em um o bem quente. — ele sacudiu a cabeça.
— Vem, vou te mostrar um lugar. — chamou-a caminhando para longe dos guias.
Baux ajeitou os óculos escuros no rosto e seguiu o piloto. Estar longe dos olhares dos outros era uma ótima oportunidade para aprontar e faze-lo ir embora com um estalar de dedos.
— A paisagem é maravilhosa. — Claire comentou sorrindo.
— Tenho que concordar com você, Claire. — sorriu em direção a ela.
Leclerc se afastou-se dela e foi para atrás, ficando as costas de Claire. Um sorriso matreiro subiu em seus lábios e suas mãos espalharam nas costas dela, empurrando-a duna a baixo, fazendo ela capotar algumas vezes e parar a metros de distância.
Charles comemorou a façanha, mas arregalou os olhos ao ver a garota imóvel em meio a areia. Ele engoliu em seco e desceu pela duna, totalmente nervoso. Se tivesse acontecido alguma coisa com Claire, ele iria ser morto por Pierre Gasly.
— Claire! — Charles a chamou. — Claire! — repetiu mais uma vez e ela não respondeu. — Por favor, Claire! Fala alguma coisa! — sacudiu a garota, prestes a entrar em pânico.
Ele a chacoalhou mais uma vez sem obter uma resposta. Charles cogitou em subir a duna ou gritar por socorro, mãe antes que tomasse uma atitude, seu corpo foi puxado e ele caiu em meio a areia.
A risada escandalosa de Claire ecoou pelo espaço dando um eco enorme. Ao seu lado, Charles cuspia areira e tentavam se livrar dos grãos que entraram em sua roupa.
— Você me paga, Baux! — ele berrou irritado.
— Estou disposta a pagar, Perceval! — retorquiu.
Claire se levantou, dando leves batidinhas em meu corpo, livrando-se da areia. Charles fazia o mesmo, mas sua expressão não era de felicidade, ao contrário da francesa que ria maldosa.
