28 | perdida no meu próprio caos

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PORTIMÃO, 2021

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PORTIMÃO, 2021

O cansaço consumia o corpo de Charles, mas isso não chegava aos pés da angústia que ele sentia ao pensar em Claire e em tudo que aconteceu nos últimos dias.

A separação dos pais dela, querendo ou não afetou muito a família Baux, Louise sabia que isso iria acontecer a qualquer momento, já Claire ficou totalmente surpresa. Para ela, o pai sempre ficaria ao lado da mulher que conheceu há anos atrás, mesmo que ela tivesse uma personalidade difícil de lidar.

Fazia dias que Leclerc não via a garota, o trabalho consumia cada segundo da sua vida e Claire pediu afastamento do trabalho para ajudar o pai em algumas questões e tentar não surtar durante o processo.

Aos poucos, o piloto começou a entender que a amada era muito vulnerável a tudo que era relacionado a sua família. Claire passou anos seguindo um caminho que nunca desejou realmente e quando revelou isso para a mãe, Helga a ignorou por anos. Além de algumas questões que a garota escondia de si mesma, para não se machucar ainda mais.

Claro que Charles tinha curiosidade de saber tudo, mas ele iria respeitar a decisão da garota.

— Cara, eu não vejo a hora de voltar para casa! — Charles comentou com Marie-Anne, que estava mais uma vez no hospitality da Ferrari, bebendo café.

— Eu também. — ela soprou o líquido que fumegava. — Não vejo a hora de deitar na minha cama e desmaiar. — o monegasco riu.

— Qual é? Você e o Max estão brigados? — ela rolou os olhos.

— Bingo. — bebeu o café, fazendo uma careta por estar quente demais.

— Vocês parecem cão e gato. — o piloto concluiu. — Brigam o tempo todo, mas não se largam. — ela assentiu.

— Você deveria estar acostumado com nossas idas e voltas. — ela olhou para os lados. — Você sempre está me dando carona até Nice.

— E você poderia muito bem pegar o helicóptero que sempre está disponível para o Max… — refletiu.

— Quando estamos brigados, eu prefiro andar a pé ao invés de subir em qualquer coisa que ele tenha disponível para o transporte. — bebeu mais do café.

— Medo dele encomendar sua morte? — zombou o piloto.

— É mais fácil eu matar ele. — levantou as sobrancelhas, Charles sacudiu a cabeça. — Mas você não me parece muito bem. — a loira apontou para ele. — Não vi Claire por aqui, aconteceu alguma coisa?

Charles suspirou cansado.

— Claire está com alguns pro de família… — afirmou para ela. — Os pais dela se separaram e isso a afetou um pouco. — ele olhou para longe. — Ela sofreu muito no passado e pelo que percebi, a mãe dela não foi legal… — Marie-Anne travou a mandíbula, em uma expressão que demonstrava que o assunto era pesado.

CRASH | CHARLES LECLERC Onde histórias criam vida. Descubra agora