SÉRIE GRAND CHELEM | LIVRO 4
Claire Baux não gosta nem um pouco de Charles Leclerc. Todos no seu convívio sabem disso.
Mas ninguém sabe o porquê.
Barein, 2020.
Durante a caminhada entre as pessoas que transitavam em meio ao caos, na busca de notícia...
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SPA-FRANCORCHAMPS, 2021
Claire rolou de um lado para outro na cama. Seu corpo estava suado e ela balbuciava palavras incompreensíveis e sem sentido.
Seus pés estavam descalços, a água do mar ia e vinha. A areia passava por entre seus dedos, Charles estava ao seu lado enquanto ela dizia alguma coisa.
Antes que ele dissesse mais alguma coisa, ela acordou assustada.
A francesa olhou ao redor, percebendo que ainda estava no quarto. Examinou sua testa e notou o suor em sua pele, deixando-a intrigada. Aquilo tinha sido um sonho ou uma memória de antes?
Baux cobriu o rosto com as mãos, respirando várias vezes para tentar se acalmar, enquanto as imagens rodavam em sua cabeça.
Ela passou a mão pelo celular e viu que ainda era muito cedo, mas que precisava fazer alguma coisa antes que enlouquecesse. Deixou a cama, tomou um banho relaxante, se arrumou e saiu do quarto.
Claire seguiu direto para o restaurante do hotel, pedindo um café com biscoitos. Quase ninguém estava acordado naquela hora, havia alguns hóspedes em algumas mesas, mas nenhum deles tinha perdido a memória a pouco tempo e nem vivia uma bagunça como ela.
A garota passou algumas horas sentada solitária naquela mesa, recebendo cumprimentos da equipe do hotel.
— Caramba! — a voz de Pierre a despertou de seus pensamentos. — Caiu da cama? — deu um sorriso, antes de puxar a cadeira e sentar-se em frente a ela.
— É. Pode dizer que sim. — ele a fitou ao ver sua expressão estranha.
— O que aconteceu? — perguntou com a testa franzida.
Claire suspirou.
— Eu acho que tive um sonho com o Charles. — revelou. — Não tenho certeza se foi um sonho ou uma memória… Pode ser minha mente me traindo…
— Por que você não pergunta ao Charles? Ele saberá responder…
— Eu não sei. — sacudiu a cabeça. — Não quero dar falsas esperanças de que estou lembrando de algo e na verdade não ser nada. — esfregou a têmpora.
— Eu realmente não sei o que você deve fazer, Clair… — segurou a mão da amiga. — Mas siga seu coração. — ela assentiu sem saber se seu coração poderia ajudar.
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