SÉRIE GRAND CHELEM | LIVRO 4
Claire Baux não gosta nem um pouco de Charles Leclerc. Todos no seu convívio sabem disso.
Mas ninguém sabe o porquê.
Barein, 2020.
Durante a caminhada entre as pessoas que transitavam em meio ao caos, na busca de notícia...
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MÔNACO, 2021
Claire já tinha passado dois finais de semana longe das pistas e principalmente Charles Leclerc. Os dois se falavam por mensagens e ligações, mas era nítido que aquilo não acabava com a saudade, a vontade de sentir suas peles se tocando, os beijos e carinhos.
Charles sabia que a namorada precisava de um abraço que a fizesse a sentir-se em casa e que a protegesse de tudo, mesmo sabendo que a cabeça dela estava presa aos problemas que a rodeavam.
O piloto pensou que Claire apareceria em Barcelona, mas Pierre foi categórico ao afirmar que a melhor amiga estava em Paris junto com o pai e a irmã. Ele tentou tirar alguma informação de Yuki, agora que o piloto japonês namorava Louise, mas a resposta foi a mesma que a do francês.
Após voltar para casa, depois de alguns dias na sede da Ferrari, após a etapa de Barcelona, Charles estava pronto para seguir para Paris, encontrar a garota, mas sempre acontecia alguma coisa que o impedisse de ir.
Para sua surpresa, em uma tarde ensolarada, a campainha do seu apartamento tocou e ele quase não acreditou quando viu a figura mediana, de cabelos pretos e olhos amendoados de Claire, parada a sua frente, com uma pequena mala a tiracolo.
— Oi! — ela sibilou.
Charles não tardou em puxá-la para dentro do apartamento e abraçá-la forte.
Claire sentiu como se tivesse sido aliviada do peso de seus problemas. Ela estava cansada e um pouco perdida após os acontecimentos em sua família e Charles era seu ponto de encontro naquele mapa imenso e confuso.
— Eu senti tanta falta de você, amour… — Charles se afastou um pouco e segurou o rosto dela em suas mãos, vendo os olhos dela lacrimejarem.
— Eu também, Charlie. — ela abriu um sorriso fraco. — Não tenha um dia que eu não quisesse vir até você, mas eu estava muito confusa… Na verdade, eu ainda estou… — abaixou os olhos.
— Eu não me importo com sua demora, Clair… — ele ergueu o rosto dela. — O importante é que você está aqui… — segurou a mão dela. — Comigo. — levou a mão até seu peito, sorrindo para a mulher.
Nos braços dele, a francesa se sentia protegida. As coisas ainda não estavam nos trilhos, mas ela sabia que com Charles ao seu lado, tudo iria se ajeitar, mesmo que demorasse um pouco.
Claire não demorou muito para beijá-lo. O gosto dos lábios dele era saudade, os toques eram urgentes e o calor entre suas peles eram incontroláveis.
— Obrigada por ser meu porto seguro, Charlie… — ela sussurrou aquilo como um segredo. — Eu nunca pensei que estaríamos aqui… — ele deu um risinho, beijando o nariz dela.
— Nem eu, Le Chilli… — ela sorriu. — Mas o amor me pegou de forma descontrolada, como um carro a mais de trezentos quilômetros por hora. — Claire fechou os olhos, deitando a cabeça no peito dele.
