O Reinado da Raposa (AtsuHina)

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03. PRÍNCIPE
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Quando Sua Alteza se virou, Atsumu perdeu todo seu fôlego. Não apenas pela aura fria e dominante que emanava dele, mas também pela aparência do príncipe.

De alguma forma, estava esperando uma aparência grotesca e retorcida de alguém que era um "herói" de guerra. Mas o que recebeu foi uma inocente e impecável pintura fria.

O Quarto Príncipe tinha a pele límpida como neve branca, olhos como terra molhada e cabelos ruivos como o sol poente. Seu belo rosto se mostrava indiferente e quase entediado. Ele não falou nada até que o barão e Atsumu, um passo atrás, se ajoelhassem a seus pés como mandava a etiqueta.

- Barão - disse. Sua voz soou como uma geleira, sem emoção.

- Este humilde servo saúda Sua Alteza Hinata, Quarto Príncipe de Haken.

- Poupe-me. Vá direto ao ponto.

Atsumu tremeu com a cabeça baixa. A presença do príncipe era esmagadora. Lhe fazia sentir vontade de correr, fugir para o mais longe possível.

- Sua Alteza, para provar minha lealdade, eu lhe trouxe um presente.

- E onde está?

- Sua Alteza permite que eu me levante?

- Sim.

E assim foi feito. Atsumu continuou congelado no lugar, por medo e por estar ciente de que a permissão não se estendia a ele.

- Sua Alteza, como...

- É melhor não estar me bajulando.

Atsumu não precisava conhecer Sua Alteza para saber que ele estava perdendo a paciência.

- Ah, não, Sua Alteza. Eu não...

- Não está? Que triste.

Era um jogo. A cabeça do barão era o prêmio.

- Perdão, Alteza. Eu...

- Vá direto ao ponto.

O barão limpou a garganta e finalmente disse.

- Como conhecedor de sua caixa de jóias, eu lhe ofereço uma gema bruta.

Isto Atsumu não entendeu. Mas pôde sentir o olhar do príncipe em cima de si.

Ah não. Não, não, não.

- Você, se levante - o príncipe ordenou em sua voz fria. Havia poder empregado nela. Um poder diferente de magia, que gritava a todos os instintos de Atsumu para obedecer. Mas não dava. Suas pernas estavam congeladas de medo. - Hmm.

- Ora, seu imprestável! - ralhou o barão. A raposa sentiu o golpe vindo, mas nunca chegou. Espiando de canto de olho, uma pilastra uniforme de gelo tinha se erguido e detido a mão do barão. - Alteza, eu apenas...

- Eu não sei dizer, barão, se você é muito ousado, ou muito idiota.

As palavras estavam ali nas entrelinhas.

"Como ousa macular um presente oferecido a mim?"

Atsumu começou a aceitar sua morte, mas em troca queria ver o barão pagar. Ao menos um. Ao menos um dos que lhe causaram dor ele queria ver sofrer.

As botas pretas do príncipe apareceram em seu campo de visão, os dedos gelados seguraram seu queixo e o obrigaram a erguer seu rosto. No rosto de Sua Alteza, que tipo de expressão era essa?