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39. FILHOTES
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A mordida no pescoço de Shoyo havia parado de sangrar há alguns minutos. A marca curaria e desapareceria totalmente em um dia, que era o tempo máximo que conseguia segurar a sua regeneração natural. Mas até lá estava marcado por Atsumu.

Um sorriso brotou em seus lábios.

Esperava que sua raposa desejasse morder de novo, caso contrário seria capaz de pedir. De implorar para poder sentir os dentes dele rasgando sua pele. Foi a primeira vez que não conseguiu controlar seu corpo. A primeira vez em que ficou excitado perto de Atsumu.

Claro, o sentimento sempre estava lá, mas a reação não. Pelo Céu, Shoyo havia cogitado até mesmo amputar seu próprio pênis para não correr o risco de deixar Atsumu desconfortável. Mas não foi necessário, seu controle sobre si mesmo confiava quase impecável.

Quase porque não havia conseguido impedir seu pau de endurecer quando os caninos de sua raposa penetraram sua pele e verteram seu sangue. E só piorou quando viu Atsumu se afastar da ferida, com sangue manchando os lábios e escorrendo por seu queixo e pescoço.

Ele havia bebido um pouco de seu sangue.

Porra, tão excitante.

Shoyo simplesmente não resistiu naquele momento, puxou Atsumu para um beijo, fazendo questão de raspar sua língua contra aqueles caninos. Mas depois de algum tempo, conseguiu se afastar. Então limpou a raposa e eles conversaram até ele adormecer.

Foi aí que Shoyo se levantou. Não sabia ao certo se iria resolver seu problema, masturbando-se com a lembrança da mordida. Um banho frio não era opção.

No final, acabou se masturbando mesmo, mordendo seu lábio para não gemer o nome de Atsumu. E depois foi até seu quarto, onde Maeve aguardava. Aninhado nela, estava um gatinho feito de luz branca, com os contornos dourados cintilando. Era mais correto dizer que as duas cores se mesclavam como em uma nuvem.

— Ora, veja o que temos aqui — Shoyo sentou na cama, acordando Maeve e o gatinho. Nox e Nix permaneceram roncando.

O gatinho despertou rapidamente, se colocando no que seria uma... Reverência? Sua cabeça estava colada ao colchão e sua bunda e calda levantadas. Shoyo segurou o riso.

"Me-mestre Shoyo."

— Você sabe quem sou?

"O senhor é o amor do meu Mestre."

Shoyo sorriu. Era isso, o gato ia ficar.

Ele segurou a nuca do gatinho, delicadamente e onde sabia não machucar, erguendo-o na altura dos olhos.

Foi uma surpresa descobrir que ele era gelado. Uma surpresa boa.

— É tão pequeno. Não é, Maeve?

"É do tamanho de um filhote normal, Mestre."

"Mestre Shoyo", o gatinho chamou meio inseguro.

— Sim?

"Por favor, me permita continuar existindo. Me permita servir ao meu Mestre."

Shoyo baixou o gato, usando um dedo para acariciar atrás das orelhas e depois debaixo do queixo. Era realmente muito pequeno.

— Você vai ficar pequeno. Amanhã vou te apresentar ao seu Mestre e você receberá um nome.

"Muito obrigado, Mestre Shoyo."

O gatinho, reunindo coragem, se esfregou em sua mão. Shoyo acariciou ele e brincou. Derrubando-o várias vezes na cama. O serzinho de luz foi criando coragem e logo estava mordendo a mão de Shoyo, brincando como um gato brincava.

O Reinado da Raposa (AtsuHina)Where stories live. Discover now