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41. CADERNO
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Saki bateu na porta de Osamu, e o filho logo abriu. Seu menino tinha grudado em si quando ela se anunciou. Durante todo o jantar, ele perguntou como era a vida no palácio, o que ela andara fazendo. Ele estava com muita saudade.

Depois da refeição, Bokuto puxou Saki para um canto para conversar.

— Tá, a gente tem que falar sobre algo sério — disse a coruja.

— Como o fato de que você está fazendo meu filho se apaixonar por você?

Bokuto engoliu em seco.

— Saki, eu nunca tive intenção...

— Bokuto, eu não quero o meu filho machucado. Já está difícil assimilar que Atsumu e Shoyo estão juntos, agora você e Osamu... — Ela balançou a cabeça. — Osamu é muito mais sensível do que parece. Acha que ele vai conseguir compreender a natureza do seu relacionamento com o Akaashi? Acha que Akaashi vai aceitar Osamu?

— Akaashi com certeza aceitaria Osamu. — Bokuto conhecia seu amante. — Mas Osamu... Olha, eu não sei tá.

— É claro que não. Não o conhece.

— Mas eu quero conhecer.

— Mas o quanto isso vai custar de vocês dois? O quanto vai doer? Acha que vale a pena? Pense muito bem nisso antes de me dar uma resposta.

— Eu sinceramente não sei, Saki. Mas eu estou disposto a tentar.

— Então está disposto a arriscar? Está disposto a machucar Osamu? Ele nunca se apaixonou antes, e se ele tiver o coração partido...

— Ninguém morre de um coração partido.

— O Shoyo certamente não morreu quando você passou a ter o amor que ele queria.

Bokuto se encolheu como se tivesse sido golpeado.

— Eu não quero machucar Osamu, Saki.

— Ninguém nunca quer se machucar quando começa a amar. Acha que eu pensei que iria ficar vinte anos procurando um filho e um marido quando me apaixonei por Hikaru? Que eu não ia conseguir dormir a noite, preocupada com eles, e com a criança que eu precisaria criar e proteger sozinha? Acha que eu pensei que... — Mas as palavras faltaram a Saki. Eram lembranças demais. Dores demais. — Eu não vou impedir vocês dois. E, se der certo, vou pessoalmente dar minha benção. Mas eu juro pela minha vida que vou te matar se machucar Osamu.

— Obrigado, Saki.

— Está me agradecendo por te ameaçar?

— Eu sou irmão do Shoyo, isso pra mim é elogio.

Saki revirou os olhos.

— E qual era o assunto sério que você queria falar comigo?

— É sobre o Osamu.

De imediato, toda a postura de Saki mudou. Ela levantou sua guarda.

— O que tem? Aconteceu alguma coisa enquanto eu estive fora?

— Não, não aconteceu nada. Só tem algo que me preocupa.

— O que é?

— Ele é extremamente dependente de você.

Saki suspirou.

— Eu sei. Eu fui muito super protetora com ele. Mas nas nossas circunstâncias...

— Eu sei que foi necessário. Mas hoje não é mais. Saki, ele precisa viver.

O Reinado da Raposa (AtsuHina)Where stories live. Discover now