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23. AUTORIDADE
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Atsumu deveria ter parado de ler depois do capítulo 1. Agora, seu estômago estava se revirando tanto que temia vomitar em suas próprias roupas. Como era possível alguém cometer tantos massacres e atrocidades?

Assassinatos, torturas, humilhações e tantos estupros. Qual era a fixação desse príncipe com isso? Por que puro-sangues eram tão horríveis?

Claro, Atsumu sabia que haviam puro-sangues bons. Altimor's bons. Como Sua Alteza, que era simplesmente o melhor. Como Kuroo, que amava Akaashi e Kenma, e Ushijima, que amava Oikawa. E deviam haver outros. Mas a maioria...

O capítulo 3 simplesmente narrava o episódio em que o Primeiro Príncipe comandou seu exército a estuprar todas as moças de uma cidade. Foi chamado de "festival do estupro", que ainda voltou a se repetir. Atsumu fez as contas. Oikawa foi gerado, nasceu, devido a isso. E depois Suga.

A raposa tinha certeza que o Primeiro Príncipe era o pior de todos.

Atsumu pediu a biblioteca para guardar os livros. Não conseguiria ler mais nada naquele dia. Sentindo o estômago dar voltas, decidiu que não deveria ter comido tanto no almoço.

Palmas soaram da entrada da biblioteca e Atsumu se adiantou até lá, movido pela curiosidade. Era Kenma.

— Kenma, o que está fazendo?

[Vim trazer um lanche para Akaashi, ele esquece de comer durante a tarde. As palmas são para ele saber que estou aqui.]

Atsumu sorriu, finalmente descobrindo para onde Kenma ia quando saia durante as tardes de conversa. Era muito fofo que Kenma também cuidasse de Akaashi... Atsumu teve uma ideia.

— Kenma, por acaso sabe onde eu posso encontrar Sua Alteza?

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Com uma bandeja em mãos, Atsumu encarou a porta do escritório de Sua Alteza. Sentia seu rosto corar enquanto repensava se isto era mesmo um boa ideia. Mas já tinha chegado até aqui, então deveria ao menos tentar. Mas e se atrapalhasse? E se Sua Alteza não estivesse com fome? Se ele já tivesse comido? Mas e se Atsumu realmente atrapalhasse ou interrompesse algo? Mas...

Mas Atsumu era o namorado de Sua Alteza. Deveria ao menos ser capaz de vê-lo durante o trabalho. E se atrapalhasse, Atsumu não faria mais.

Decidido, Atsumu respirou fundo. Agora era só bater... Espere, como Atsumu bateria á porta se suas mãos estavam ocupadas? Com certeza não teria como chutar. Talvez devesse chamar?

Mas enquanto Atsumu quebrava a cabeça, a porta se abria silenciosamente. O rosto de Elliot apareceu na abertura. Ele abriu mais a porta, fazendo um gesto para que Atsumu entrasse.

O escritório do príncipe era grande e amplo. Havia estantes de livros encostadas nas paredes, uma mesa igual a do que tinha no quarto de Sua Alteza, um conjunto de sofás e poltronas ao redor de uma mesa baixa, e uma mesa longa; onde estava Sua Alteza debatendo com outras pessoas.

Atsumu tinha realmente chegado no meio de uma reunião. Estava para dar as costas e fingir que não havia estado ali quando Elliot fechou a porta e indicou a mesa rodeada de sofás. Sem escolha e morrendo de vergonha, Atsumu deixou a bandeja sobre a mesa e se sentou. Seus olhos se recusaram a se erguer do pedaço de bolo de chocolate, mas suas orelhas ouviram a conversa.

Claro que ele não sabia sobre o que exatamente era. Não entendia o conteúdo. Mas sabia que deveria ser algum tipo de relatório e planos para o futuro.

Atsumu não resistiu e ergueu o olhar, ficando surpreso ao perceber que haviam alguns híbridos entre todas aquelas pessoas. Pessoas essas que pareciam importantes para o Norte. Pessoas com papéis importantes. Híbridos com papéis importantes.

O Reinado da Raposa (AtsuHina)Where stories live. Discover now