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Aviso: esse capítulo contém cenas de automutilação. E ele vai doer um cadinho, preparem os lencinhos.

"Welcome to the panic room
Where all your darkest fears are gonna
Come for you, come for you
Welcome to the panic room
You'll know I wasn't joking
When you see them too, see them too

Welcome to the panic room"

"Bem-vindo ao quarto do pânico
Onde todos os seus medos mais sombrios vão
Vir até você, vir até você
Bem-vindo ao quarto do pânico
Você saberá que eu não estava brincando
Quando você os ver também, os ver também

Bem-vindo ao quarto do pânico"

(Panic Room, Au/Ra)

18. NÚ
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O Rei encarou a face da raposa adormecida. Então se virou e entrou nas sombras, indo embora.

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O príncipe encarou seu reflexo no espelho. Sua verdadeira aparência. Era sempre assim quando precisava ver o Rei. Seria açoitado caso aparecesse com os cabelos laranjas. Depois de ajeitar a roupa preta, entrou em uma sombra.

Ele saiu em um cômodo sombrio, com apenas uma janela e um conjunto de mesa e duas cadeiras. O Rei o aguardava.

— Meu Rei, meu pai — comprimentou, ajoelhando em apenas um joelho.

— Nem um segundo atrasado, como sempre, meu filho.

— Eu não sonharia em deixá-lo esperando.

O Rei acenou com a mão, e um bule de chá apareceu sobre a mesa. O príncipe se levantou e puxou a cadeira para o Rei, que sentou em silêncio. Então, ao invés de se sentar também, começou a preparar o chá. Adicionou açúcar a xícara de seu Rei e mel a sua. Serviu o chá fervente. E só então sentou.

— Eu pedi ao seu irmão que esquentasse o chá — disse o Rei.

— Agradeço.

O príncipe bebeu de sua xícara, sentindo o líquido fervente machucar. Mas seu rosto permaneceu inexpressivo e não revelou um traço de dor. Ao menos estava doce.

— Sim, muito bem — elogiou o Rei. — Agora, vamos falar de negócios. Eu soube que reconheceu o bastardo como seu sobrinho?

— Sim, o reconheci.

— Estou curioso. Por quê?

— Apenas pensei que seria um golpe maior em meu irmão se o filho dele jurasse lealdade a mim e me chamasse com um sorriso.

— É uma pena. Eu estava ansioso para ver a expressão de seu irmão quando você fodesse seu amado filho no meio de toda a corte.

— Teria sido um excelente show.

— Vai ser um excelente show.

O príncipe ergueu o olhar e confirmou que o Rei sorria.

— Sim, vai ser um excelente show, meu pai.

— Que tal no próximo baile real?

— Muito cedo. Ele morreria.

— E qual o problema?

— Me escute desta vez, meu pai. Vai ser um golpe maior em meu irmão se for seu filho se entregando de livre e espontânea vontade. Ao invés de eu o tomando a força.

O Rei Corvo pausou, pensativo, então bebeu um gole de sua xícara.

— Pois bem, deixarei isto em suas mãos, meu filho. Eu espero bons resultados.

O Reinado da Raposa (AtsuHina)Where stories live. Discover now