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"I know that you love me
Darling, you don't have to say it
You know you can trust me
It's okay, it's complicated."

"Sei que você me ama
Meu bem, você não precisa dizer
Você sabe que pode confiar em mim
Está tudo bem, é complicado."

(I'm Yours, Isabel LaRosa)

(Essa música vai aparecer de novo em Reinado, só avisando mesmo)

30. NECESSÁRIO
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Na manhã seguinte, Atsumu observou as novas aquisições em seu quarto. Mais lágrimas haviam sido adicionadas a sua caixa. E as penas de uzu, as que haviam ficado no cabelo de Sua Alteza, estavam todas ali também.

Mas o mais impressionante era uma miniatura da vila feita de gelo. Ela variava entre vários tons de azul e tinha tantos detalhes que, se fosse maior, a raposa juraria que era habitável.

Atsumu gargalhou por bons minutos quando viu que haviam bonequinhos dele, de Sua Alteza, de Oikawa e de Ushijima.

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— Sua Alteza fez o quê? — perguntou um Akaashi atônito, com um livro antigo em mãos. Era o presente de Atsumu para ele.

Era logo depois do café da manhã. Atsumu chamou os meninos para entregar os presentes e contar do dia anterior. Para Akaashi, alguns livros raros. Para Oikawa, jóias que ele mesmo escolheu além de um conjunto de peles. Para Sugawara, doces cristalizados. Para Kageyama, uma adaga. Para Kenma, telas e tintas para pintura, além de um cobertor grande.

— Ele cantou — confirmou Oikawa.

Akaashi fechou o livro e o apoiou na cabeça de Bokuto. Boo, na verdade. A coruja havia participado do café da manhã e agora estava deitado em uma das coxas de Akaashi. Kenma estava na outra. Sua Alteza explicou que nenhum deles sabia que Boo era o Terceiro Príncipe, por causa de um encantamento. Eles achavam que ele era apenas um espião da serpente.

Bom, Atsumu tinha que fingir não saber de nada.

— Você está dizendo que Sua Alteza cantou? — perguntou um Akaashi um pouco assustado.

— Por que você está reagindo assim? — questionou Kageyama, ocupado em limpar pó de doce do rosto de Sugawara.

— Nada, só acho estranho. — Atsumu sentiu o gosto da mentira. — E o que mais aconteceu?

— Preparem-se, meros mortais — começou Oikawa em um tom dramático. — Atsumu e eu fizemos uma ligação de almas.

— Mentira — soltou Sugawara de boca cheia. Ele levantou a mão para esconder a boca. — Eu também quero.

— E eu — disse Kageyama.

— E eu — repetiu Akaashi.

Kenma levantou a mão. Atsumu soltou um riso antes de chamar cada um pelo primeiro nome. E Kenma por um apelido.

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— Por que você teve aquela reação ao ouvir que Sua Alteza cantou? — perguntou Atsumu, na biblioteca e cerca de uma hora depois.

— Ah, só... — Akaashi ajeitou alguns livros na mesa, brincando distraidamente com eles. — É estranho. Saber que ele voltou a cantar.

— Ele parou? Naquela época? — Claro que não era preciso especificar qual época era.

Akaashi levantou o olhar para a raposa.

— Sua Alteza estava sempre cantando. Absolutamente todos paravam pra ouvir quando ele cantava. — Os olhos de Akaashi se encheram de água. — Ele cantava para Kuroo e eu dormirmos. As vezes eu acordava com um pesadelo, e ele me pegava no colo e começava a cantar. Cantava até eu dormir, não importava quanto tempo demorava.

O Reinado da Raposa (AtsuHina)Onde histórias criam vida. Descubra agora