Mastermind: Ascenção da Anarquia

Capítulo 17: Prazer

Inko não sabia por que ela estava aqui. Rei Todoroki estava louca, enlouquecida por anos de abuso de seu marido, até os médicos disseram isso, e Inko viu por si mesma. Só uma louca poderia olhar para dois de seus filhos se transformando em assassinos e dizer que estava orgulhosa deles. Inko não tinha motivos para ir falar com ela novamente.

Mas, ao mesmo tempo, nenhuma das outras famílias com as quais ela tentou se desculpar a deixou entrar. Alguns a xingaram da varanda ou tentaram jogar coisas nela, mas a grande maioria simplesmente a viu pela janela e se recusou a abrir a porta. Ela não os culpava, provavelmente também não gostaria de falar com ela, se estivesse na situação deles, mas ainda assim, desejava que alguém falasse com ela. Mesmo Mitsuki a odiava neste momento, mesmo que ela não dissesse isso, considerando que ela não ligou uma vez desde a semana em que Izuku foi preso. Ela sabia que merecia por ser uma mãe tão terrível, mas o fato era que Inko Midoriya estava sozinha.

Daí porque ela estava andando pelos corredores até o quarto da única pessoa que estava realmente disposta a falar com ela, não importa o quão louca aquela pessoa fosse. Talvez o isolamento estivesse deixando Inko tão louca quanto ela.

Ela bateu levemente antes de abrir a porta, "Olá, Rei? Eu estava me perguntando se estava tudo bem se eu..."Ela parou quando percebeu que Rei não estava realmente sozinha. "Eu, uh, eu posso voltar mais tarde se não for uma boa hora..."

Rei apenas sorriu, "É sempre um momento perfeito, Inko, entre. Eu sei que você sabe sobre Touya e Shouto, mas você conheceu meus outros dois filhos? Esses dois são Fuyumi e Natsuo, meus filhos do meio. Fuyumi, Natsuo, esta é Inko Midoriya, mãe de Izuku."

"Oh." O menino, Natsuo, acenou para ela sem jeito, "Uh, hey?"

"Natsuo, não seja indelicado!" Fuyumi, a garota, repreendeu. "Sinto muito por ele. É um prazer conhecer você."

Ela parecia uma garota doce e Inko deu um sorriso triste, "Da mesma forma. Eu gostaria que estivesse em melhores circunstâncias."

"Sério?" Natsuo zombou. "Você realmente quer passar por um estranho jantar de conhecer os pais enquanto Shouto e seu namorado tentam não se atacar por duas horas inteiras? Acredite em mim, isso é preferível."

"uh... eu..." Inko gaguejou e olhou para Rei em busca de ajuda, mas ela apenas riu.

"Tenho certeza que não teria sido tão louco, Natsu." Rei riu. "Tenho certeza de que Shouto e Izuku teriam sido muito educados se todos tivéssemos jantado juntos."

"Ei," Natsuo interrompeu pensativo, "Você acha que se aquele jantar tivesse acontecido antes do velho chutar o balde, eles o teriam matado antes do deserto? Teria sido um jantar e um show!"

Inko engasgou e Fuyumi deu um tapa na cabeça de seu irmão, "Natsuo! Você não pode simplesmente dizer algo assim!"

"O que?" Natsuo riu. "Você não pode dizer que não teria sido divertido!"

"Bem, não, teria sido, mas isso não vem ao caso!" Fuyumi insistiu. "A maioria das pessoas não brinca com o assassinato do pai!"

Natsuo revirou os olhos, "Sim, bem, a maioria dos pais não negligencia metade de seus filhos enquanto treina os outros até a morte, então eu não acho que somos realmente normais."

"Você não está com raiva?" Inko simplesmente não conseguia entender nada disso. Eles estavam brincando sobre os crimes de seu filho como se sua participação na morte de seu pai fosse apenas mais uma terça-feira! "Eu sei que ele não era o melhor, mas ele ainda era seu pai! Você não odeia seus irmãos e meu filho pelo que eles fizeram?"

"Odia-los?" Natsuo zombou. "Por que eu os odiaria por fazer algo que eu tenho pensado em fazer desde os oito anos?"

"Mas..." Inko olhou para Fuyumi, que deu de ombros.