Adeus

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Anna acordou no meio da madrugada com o som dos trovões. Chovia forte e ela ficou assustada. Para não acordar Mason, foi para a sala e abriu um cobertor para se aquecer. O inglês percebeu que ela havia saído do quarto e a seguiu.

— Perdeu o sono? — ele se sentou no braço do sofá e a observou.

— Só estou assustada... não gosto muito de tempestades.

— Venha — Mount estendeu a mão e ela se recusou a ir. — Tudo bem sentir medo, mas estou ao com você... vamos?

Anna cedeu e os dois se deitaram novamente na cama. O inglês a envolveu em um abraço carinhoso e eles adormeceram em seguida.

Mary acordou com o celular vibrando sobre a mesa de cabeceira, mas não deu importância para a mensagem e fechou os olhos, recebendo um abraço involuntário de Chilwell.


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Leonardo ficou preso em meio às ferragens do carro, que ficou parecido com uma lata de refrigerante amassada. Ele se machucou muito e perdeu sangue, perdendo a consciência por alguns minutos depois de bater a cabeça com força. Acendeu a luz interna do veículo e viu pelo retrovisor um grande corte na testa que doía como nunca.

Ele olhou para as partes do corpo que conseguiu e, ao passar a mão sobre a perna esquerda, sentiu o sangue que saía sem parar. Leonardo pegou um pano que mantinha no porta-luvas e pressionou o local. Olhou para o relógio no painel e lembrou da possível hora do acidente, percebendo que mais de meia hora havia passado. Em seguida, desbloqueou o celular, digitou os três números que lembrava e tentou organizar os pensamentos que foram embaralhados pelo acidente.


Serviço de emergência do Rio de Janeiro. Em que posso ajudar?

Eu sofri um acidente de carro na estrada sentido Petrópolis.

Sabe onde está?

Não... o carro capotou e aparentemente caí alguns metros. Acho que alguma coisa está segurando por enquanto. Eu perdi muito sangue... preciso de ajuda.

Certo. Qual é o seu nome? Está sozinho?

Leonardo Rodrigues. Estou sozinho.

Leonardo, preciso que me diga se consegue sair do veículo.

Não. A porta está emperrada e uma das minhas pernas ficou presa. Tem muito sangue... lembro que peguei a estrada sentido Petrópolis.

Estamos com a sua localização. Baseada no lugar onde está, que é... você passou do Mirante do Cristo?

Não sei... pelo menos não notei isso. Tem sangue saindo da minha perna e estou tentando improvisar algo para parar, mas não tenho forças.

Certo. Eu já despachei uma equipe para  o resgate.

Quanto tempo até a ambulância chegar?

Estão a caminho.

Consigo ver um poste de iluminação pelos retrovisores, então não parece que estou tão longe da estrada. Uma peça de metal da porta perfurou a minha perna. Me sinto fraco e... tenho tanta sede...

More Than One Night | Mason MountWhere stories live. Discover now