✥Capitolo tredici✥

594 48 34
                                    

𝘿𝙤𝙫𝙚 𝙋𝙊𝙑

Havia passado duas semanas desde que a notícia da gravidez repercutiu pelas redes sociais, desde então nossas agendas ficaram cheias de entrevistas. No caso, a agenda da Sofia ficou cheia, portanto, como ela se recusava a dar entrevista sem mim, consequentemente a minha agenda também ficou cheia. Durante essas semanas tivemos que comparecer duas vezes na delegacia para um novo depoimento, pelo o que foi repassado para nós Thomas havia entrado com um pedido para a justiça obrigar a Sofia fazer um reconhecimento de paternidade. 

Aquilo pegou Sofia de surpresa e por mais que não demonstrasse podia notar o quanto aquilo havia mexido com ela, afinal um dos possíveis pais do bebê está querendo ter a sua paternidade para ter direito sobre a criança. Sem Sofia saber, entrei em contato com a nossa advogada para pedir que o reconhecimento fosse negado, segundo ela, o pedido ia ser negado principalmente pelo o histórico do Thomas contra a Sofia, dessa forma, o juiz ia proibir o reconhecimento da paternidade. Aquilo me fez respirar aliviada, Sofia não merecia passar por aquilo. 

Enrolei na cama forçando minha audição para saber o que tanto Sofia faz no nosso banheiro, havíamos acordado um pouco tarde por termos ficado assistindo filme até altas horas, aproveitando o pouco tempo de sossego. A casa estava vazia, Cameron saiu com Lina, Booboo foi levar Dianne em casa, os pais da Sofia haviam voltado para Miami por questões de trabalho. Hoje o dia seria um pouco menos corrido do que o anterior, iria para uma reunião na sede da Marvel em Los Angeles e pedi para Sofia me acompanhar na reunião, depois iríamos resolver umas questões sobre o chá revelação. O almoço seria na casa do Chey, e bom, o resto da tarde seria resumida em entrevistas e mais entrevistas. 

Encarei o teto esbranquiçado pensando em como minha vida havia mudado nos últimos meses, tinha revelado meus sentimentos para a mulher que amo e estamos ficando desde então, estava alcançando várias conquistas profissionais e isso me deixava extremamente feliz, e em breve iria iniciar uma carreira musical. Eu estava rodeada de pessoas que me faziam bem, meus amigos sempre estavam comigo em tudo e podia contar sempre com eles. E em poucos meses a nossa família ia ganhar um novo membro, por mais que não seja nada meu e me intitulado titia do mascotinho, eu tinha ele como um filho. 

Senti minha pele se arrepiar com o vento gelado entrou em contato, a janela estava entreaberta fazendo as rajadas de vento do outono entrasse. Era uma das minhas estações preferidas do ano e já planejava fazer alguma coisa ao redor de Los Angeles quando houvesse uma folga na minha agenda. Abaixei o casaco de moletom a fim de cobrir a parte descoberta, passei a mão no rosto tentando espantar o sono que insistia ficar ali, precisava de um banho urgente. Quando abri a boca para chamar Sofia, sua voz me interrompeu. 

— Chlo! — gritou e sua voz parecia desesperada. Aquilo fez meu coração bater mais forte, comecei a me livrar dos lençóis para ir até o banheiro — Chlo! CHLOE! — sua voz saiu agonizante seguida de um gemido de dor. 

Tropecei nos meus próprios pés ao pisar no chão, meu nome foi chamado várias vezes antes de alcançar a maçaneta da porta. Naquele momento não me importava se encontraria Sofia com ou sem roupa, meu único instinto era ajudá-la caso esteja acontecendo algo, o que era evidente em seu tom de voz. Girei a maçaneta sabendo que estaria destrancada, afinal, ela tinha o hábito de deixar a porta destrancada sempre. Ao abrir a porta totalmente meus olhos se arregalaram e paralisei com a imagem, era como se tudo passasse em câmera lenta e as únicas que estavam em velocidades normais eram seus pedidos de ajuda e meu cérebro ordenando para meu corpo agir. 

— Chlo… — choramingou apertando com força a beirada da pia. Corri até ela pegando em meus braços. 

— O que houve? — perguntei tentando manter a calma. 

𝐀𝐟𝐭𝐞𝐫 𝐓𝐡𝐞 𝐒𝐭𝐨𝐫𝐦Where stories live. Discover now