✥Capitolo ventidue✥

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𝙎𝙤𝙛𝙞𝙖 𝙋𝙊𝙑

Faço uma careta de dor ao sentir uma série de chutes sendo deferidos nas minhas costelas, levo minha mão para o local fazendo uma pequena massagem a fim de aliviar a dor e fazer meu filho parar de chutar aquela região. Algo que não acontece. Soltei um resmungo de dor ao sentir outro chute no local, passei um tempo massageando aquela região sem obter nenhum sossego do mascotinho, céus, esse menino está impossível hoje.

Viro-me na direção da minha loira deitada ao meu lado, tendo a visão das suas costas semi nua deixando a mostra as pernas sardas e pintinhas que tem ali, me deixando com uma imensa vontade de beijar todas as pintinhas e depois interligar com traços invisíveis até tornar uma nova constelação. Os fios loiros estão esparramados pelo seu travesseiro e um pouco pelo lençol à sua volta, cobrindo um pouco das suas costas.

Ela é tão linda, senhor…

Por alguns minutos, me perco na visão deslumbrante da mulher ao meu lado ao ponto de esquecer completamente o motivo que me fez virar na sua direção. A cada dia que passa vejo o quanto estou apaixonada por ela, o quanto a quero ao meu lado para o resto das nossas vidas, na necessidade que tenho de ter a sua figura ao meu lado a todo instante. Ela é meu ponto de paz, meu porto seguro, meu refúgio, meu abrigo. Em seus braços me sinto em paz, como se nada pudesse me afetar. E não me afeta, realmente.

Me movi na cama para ficar mais perto dela, ficando a centímetros de distância do seu corpo, porém, é o suficiente para conseguir sentir o cheiro dos resquícios do seu perfume. Neste momento, noto que o mascotinho deu uma trégua nos chutes, pelo visto não é apenas eu que sou apaixonada por essa mulher. Estico um pouco o braço esquerdo permitindo meus dedos tocarem na pele macia e sedosa dela, migrando para a primeira pintinha mais próxima, depois outra e outra…

— Hm… essa é uma bela forma de acordar… — a voz rouca e sonolenta preenche o silêncio do quarto.

— Não resisti em traçar linhas invisíveis entre suas pintinhas, porém, eu queria estar beijando elas… — minha voz sai baixa, captando o exato momento em que seus pêlos se arrepiarem ao sentir minhas unhas roçar perto do centro da sua coluna — Não vejo a hora de poder decorar cada partezinha do seu corpo…

— Amor… não provoca, por favor — pediu, virando seu rosto na minha direção para depois virar seu corpo, quebrando o contato da minha mão com suas costas — Sabe que não podemos fazer sexo…

— Eu não posso, mas nada impede de te dar prazer — coloco o cabelo dela atrás da orelha, sentindo-a pegar a minha mão e levar até sua boca, dando um beijo no dorso.

— Realmente não impede e podíamos ter feito isso a um tempo, porém, quero que a nossa primeira vez seja especial. Onde ambas podem desfrutar do momento e do prazer — seus olhos estão em um verde mais claro puxando para cinza, eles estão fixos nos meus, me encarando com intensidade.

— É tão difícil conviver com você e dormir na mesma cama, sem poder tentar algo a mais — bufo baixo arrancando um pequeno riso dela — É uma tortura, amor!

— Bom, lembre-se que após o nascimento do mascotinho ainda tem o resguardo de, aproximadamente, dois meses — faço bico ao ouvir sobre o resguardo e os mais de dois meses sem poder fazer sexo com ela.

— Como falei antes, isso é uma tortura! — meus olhos captam o exato momento em que Dove joga a cabeça para trás e solta uma gargalhada deliciosa, fazendo as borboletas no meu estômago fazer festa.

— Não é, amor! — semicerrei os olhos na direção dela — Ok, é um pouco! Mais pensa por um lado bom, quando sair do resguardo iremos poder fazer sexo quando você quiser ou até quando enjoar — Dove se mexe na cama deixando a parte superior do seu corpo levantado, apoiando sua cabeça na sua mão e a outra continua segurando a minha.

𝐀𝐟𝐭𝐞𝐫 𝐓𝐡𝐞 𝐒𝐭𝐨𝐫𝐦Where stories live. Discover now