✥Capitolo diciannove✥

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𝘿𝙤𝙫𝙚 𝙋𝙊𝙑

Suas mãos param no meu quadril puxando para mais perto de si, um suspiro alto escapa dos meus lábios. Ao abrir os olhos sou inundada com as íris castanhas dela, um sorriso nasce em seus lábios ao me ver com os olhos abertos e olhando para ela. Seus dedos seguram firmemente a barra do moletom e tira do meu corpo, em nenhum momento seu olhar saiu do meu.

Logo após seus dedos roçam no cós da calça, em um pedido mudo ela pede para retirar, rapidamente concedo sentindo ela me deixar seminua na sua frente. Prendo a respiração por um tempo ao vê-la dar uns passos para trás a fim de admirar meu corpo, fico envergonhada com tal ato, mas isso sai da minha mente quando vejo um sorriso nos lábios dela. 

— Você é tão linda — confessou voltando a olhar nos meus olhos — Eu sou tão apaixonada por você. 

— Eu ainda mais — digo segurando suas mãos próximos aos meus lábios, dando um beijo em cada. 

Sofia me direciona até a banheira cheia de espuma, ela me ajuda a entrar na mesma. A água morna abraça meu corpo arrancando um gemido de aprovação meu, a melhor coisa após um dia estressante e triste é poder tomar banho com água morna. 

— Não irá entrar? — pergunto olhando para ela por cima do ombro. 

— Esse momento é seu, falei que irei cuidar de você — sua mão acaricia a minha, resmungo. 

— Entra, por favor, quero poder ficar pertinho de vocês. Preciso sentir vocês comigo — peço com os olhos pidões. 

— Céus, você é impossível — sela nossos lábios rapidamente antes de ir para o meio do banheiro e tirar o vestido. Após estar seminua ela volta para onde estou e adentra a banheira com minha ajuda. Sofia, a contragosto, senta entre minhas pernas permitindo sentir o calor do seu corpo contra o meu. Suspiro satisfeita, eu estava precisando disso, de ser cuidada por alguém que eu amo. 

— Eu quase morri, no acidente — explico vendo seu olhar confuso — O carro do lado do motorista ficou totalmente destruído e eu sofri consequências. Fiquei quase um ano internada no hospital, 3 meses foram em coma e os outros foram de recuperação, tive que fazer várias cirurgias para sobreviver. Quase fiquei paraplégica com o acidente, ao contrário da Claire que apenas teve ferimentos moderados e precisou fazer uma única cirurgia. Ao total foram umas 6 cirurgias, além das 4 paradas cardiorrespiratória que sofri ao longo da minha internação — começo a fazer círculos imaginários em seu ombro nú — Precisei fazer fisioterapia para recuperar os movimentos, nesse período eu não fazia ideia de que tinha ficado órfã. 

— E como descobriu? — perguntou com cautela. 

— Comecei a estranhar que meus pais não iam visitar, então tudo ficou esclarecido quando um homem engravatado veio me perguntar se eu tinha uma relação boa com meus tios — respondo — E eles foram obrigados a me contar, depois disso comecei a ter tratamento psicológico severo. 

— Ainda frequenta o psicólogo? Foi muito lindo da parte dos seus tios adotar você e a Claire — comenta brincando com meus dedos e a espuma. Solto um sorriso com a cena. 

— Eles eram a família mais próxima que tínhamos, meus avós não tinham condições para tal coisa, então sobrou para eles — falo — Não frequento o psicólogo desde que vim morar aqui, eu precisava lidar com meus traumas sozinha. Certamente não deu muito certo — rio nervosa — Quando ganhei fama decidi ocultar essa parte da minha história. 

— E fez bem — disse sincera — A mídia é má e não iam te deixar em paz! Estou ansiosa e nervosa para conhecer eles, visto que nunca os vi! 

𝐀𝐟𝐭𝐞𝐫 𝐓𝐡𝐞 𝐒𝐭𝐨𝐫𝐦Where stories live. Discover now