twenty three: 1 step forward, 3 steps back.

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EMMA FISHER LEBLANC.

Eu fiz aquilo de acordar primeiro para evitar Tayler como costumo fazer quando estamos em casa, a diferença é que dessa vez estamos dentro do mesmo quarto, então a única coisa que posso fazer é colocar o meu biquíni e ficar na nossa varanda com os pés no mar. Aproveitei para tirar algumas fotos e mandar para as meninas que ficaram bem animadas.

- Bem que eu imaginei que acordaria sozinho. - Me viro para trás e tenho a imagem de Tayler na porta da varanda, os seus cabelos estão bagunçados e seu rosto inchado pelo sono.

- Por que? - Curiosa pela sua resposta, eu pergunto deixando o meu celular de lado.

- Você nunca pareceu segura o suficiente. - Dou uma risada fraca sem acreditar no que tinha acabado de ouvir, contra a minha vontade ele se senta ao meu lado.

Franzo a testa quando Tayler começa a distribuir beijos pelo meu pescoço.

- Nada mais nojento do que ficar me beijando sem escovar os dentes. - Cruzo os meus braços e recebo um olhar repreendedor. Um grande detalhe: o seu hálito não estava nojento.

- Estávamos bem até ontem, por que é sempre um passo pra frente e três para trás? - Me viro para olhar em seus olhos e penso em uma resposta para a sua pergunta.

- Porque você só me trata bem quando me quer, caso ao contrário, você age como se me odiasse. - Respondo enquanto Tayler revira os olhos.

- Vamos usar essa viagem para recomeçar, deixa de ser rancorosa mulher. - Abro um pequeno sorriso, ele fala de uma forma engraçada como se estivesse cansado de todas essas brigas e discussões.

- Está combinado então. - Estendo a mão para ele que me puxa para um beijo. - Você obviamente escovou o dente antes de vir para cá, não é? - Digo após sentir o gosto de hortelã em sua boca, pela risada de Tayler eu estou certa.

- Eu posso ser todo errado, mas não erraria assim com você. - Deito em seu ombro enquanto admiramos a paisagem.

Tayler não demora muito para me fazer levantar e começar a me arrumar, acordamos um pouco tarde e perdemos o café da manhã, então teríamos que ir direto para o almoço. Eu coloquei meu biquíni vermelho e um vestido branco por cima, apenas para não ficar desfilando semi nua por aí.

- Pode falar que eu estou bonita, não vai doer. - Olho para Tayler pelo espelho do quarto, ele estava me secando.

- Você é a pessoa mais convencida que eu conheço. - Me viro e abro um sorriso em sua direção.

- Acho que sou a segunda, a primeira é você. - Tayler se aproxima de mim, fazendo meu coração acelerar.

- Sua bunda ficou gigantesca com essa roupa. - Pulo quando sinto suas mãos passearam pelo meu corpo e apertarem a minha bunda.

- Você é tão abusado. - Com as bochechas coradas me vejo sorrindo involuntariamente. Ele não me responde, volta a fazer aquilo de beijar o meu pescoço, me deixando louca.

Fico completamente irracional quando sinto suas mãos irem para de baixo do meu vestido, Tayler me olha como se estivesse pedindo permissão e eu balanço a cabeça.

Ele me encosta na mesa e coloca a minha calcinha de biquíni para o lado, eu estou tão molhada que seus dedos deslizam com muita facilidade me fazendo soltar um gemido involuntário, seus movimentos são rápidos e sua boca chega cada vez mais perto da minha.

- Goza pra mim, linda. - Minha cabeça tomba para trás quando escuto sua voz rouca, o apelido me faz chegar perto do meu limite.

- Eu quero mais rápido. - Mal consigo completar a minha frase, Tayler faz o que eu peço, o som dos seus dedos na minha buceta me enlouquece. - Estou tão perto. - Cravo os meus dedos nos seus ombros e sinto minhas pernas começarem a tremer.

Vejo estrelas quando gozo, Tayler me beija e eu mal consigo beijá-lo de volta. É uma sensação ótima, o idiota é perfeito no que faz.

Franzo a testa quando ele caminha até o banheiro e volta com uma toalha úmida.

- Você é do tipo "fofo"? - Ele se abaixa na altura da minha intimidade e me dá um olhar safado.

- Não costumo ser. - Levanto as sobrancelhas quando Tayler deixa um beijo na minha coxa antes de se levantar.

- Não quero perder o almoço, podemos ir? - Ajeito a minha calcinha e levanto da mesa.

Olho para a sua ereção e depois para o olhar de pedinte que ele me dá. Minha fome está falando mais alto do que o tesão, poderia passar o resto do dia retribuindo o orgasmo que ele acabou de me dar.

- Você deixou eu te tocar, isso já é um ótimo começo. - Abro um sorriso tímido.

Pego a minha bolsa e vamos para o almoço, eu estava me odiando por estar radiante. O restaurante é especializado em frutos do do mar e como tudo em Maldivas, é lindo.

Levanto as sobrancelhas quando vejo Tayler tirar uma câmera antiga do bolso, não sabia que ele era esse tipo de turista.

- Sei que você está curiosa, herdei do meu pai, ele costumava tirar fotos com ela em todas as nossas viagens. - Abro um sorriso quando vejo ele falar com tanto carinho do pai. - Sei que para você ele é apenas um maluco que quer que os filhos se casem, mas ele tinha os seus bons momentos. - Engulo seco, esse realmente sempre foi o meu pensamento sobre o falecido.

- Seus irmãos também carregam uma dessa? - Pergunto, tentando puxar assunto e não deixar o clima pesar.

- Íris é uma fissurada em dinheiro, ela não faz viagens que não sejam a trabalho e Luca não gosta de lembranças do meu pai. - Ele me olha sério e eu percebo que era melhor ter arrumado outro assunto para conversar. - Você não precisa me olhar assim, está tudo bem querer saber mais sobre a família que você vai aturar. - Percebo que estou olhando para ele como se fosse um cachorrinho abandonado.

- Me conte os países que você já visitou. - Pego um pouco de camarão no garfo e vejo Tayler se ajeitar na cadeira.

- França, Grécia, Alemanha, México e Itália são os meus favoritos, não vi muita graça no resto. - O seu tom de voz quase me faz gargalhar, eu tento esquecer que Tayler é um milionário, mas ele não me ajuda.

- Gostaria de ir para a Grécia. - Comento lembrando de algumas fotos que já vi.

- Poderíamos ir nas nossas bodas de papel. - Seu tom de voz é como se ele estivesse dizendo uma piada me fazendo franzir a testa.

- Por que você disse isso? - Meu olhar é de puro fuzilamento, ele pega a sua taça de vinho para disfarçar.

- Não sabemos quanto tempo isso irá durar e o bebê também pode atrapalhar nossa vida de casado. - Reviro os meus olhos. - Você trouxe algum vestido mais arrumado? Tem uns clientes por aqui e marquei um jantar de negócios. - Ele diz como se fosse algo bom, trabalhar na nossa lua de mel.

- Eu trouxe, mas isso não significa que eu tenho que participar. - Respondo, mas a conversa de torna algo difícil de manter o foco, quando Tayler coloca os seus óculos de sol na cabeça e eu sou obrigada a olhar em seus olhos.

- Você é minha esposa e trabalha na minha empresa, participar de um jantar é o mínimo. - A forma como ele diz me irrita, como se mandasse em mim.

- Perdi o apetite. - Solto a minha parte da conta na mesa e me levanto. - Você pode arrumar um robô para ficar no meu lugar, mas eu não vou fazer metade das coisas que você manda. - Não olho para ele, apenas dou as costas.

 𝙊𝙐𝙍 𝙇𝙄𝙏𝙏𝙇𝙀 𝙊𝙉𝙀Onde histórias criam vida. Descubra agora