thirty-nine: our baby.

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EMMA FISHER

Eu acordo em um lugar estranho, encaro um teto branco e consigo lembrar de tudo que aconteceu, eu estava no hospital. Olho para o lado e vejo a minha irmã, ela se aproxima assim que percebe que eu estava acordada.

— O que aconteceu? Eu estou há quanto tempo aqui? — Sinto o meu coração bater rápido e forte, nada de ruim podia acontecer com a minha filha.

— Você teve um sangramento e acabou desmaiando por conta do nervoso que sentiu no momento. — O médico entra na sala acompanhado de Tayler, sinto vontade de vomitar quando olho para o seu rosto. — Você está aqui há menos de 10 minutos, demorou a acordar por conta dos calmantes que te fizeram relaxar. — Tento respirar normalmente, por que ele não fala da minha filha?

— A bebê está bem. — Jade diz, com certeza percebeu o quanto eu já estava ficando desesperada. — Por que o sangramento ocorreu mesmo, doutor? — Minha irmã diz com os braços cruzados e lançando um olhar ameaçador ao meu marido.

O médico limpa a garganta, pelo o que eu conheço os dois, com certeza já discutiram muito.

— Devido a quantidade de estresse, mas como a sua irmã disse, está tudo bem com a bebê. — O médico me diz, vejo Tayler inquieto.

— Posso ficar a sós com ela, doutor? — Escuto o meu marido perguntar.

O médico apenas afirma com a cabeça e se retira, Tayler fica um tempo encarando Jade e minha irmã resolve se retirar pela pressão.

— Me desculpa por toda essa situação. — Começo a encarar o teto quando ele inicia a conversa. — Eu juro que era a última coisa que eu queria. — Ele diz se aproximando da cama.

Não respondo, muita coisa aconteceu e está acontecendo.

— Por que você não chamou aquela mulher para participar do seu plano? Por que sou eu aqui e não ela? — Minha voz é baixa, eu ainda estava me sentindo um pouco fraca.

— Porque era para ser você, Emma. — Tayler diz. — Não vou dizer muito porque eu já percebi que você não quer saber sobre os meus sentimentos, mas foi o destino que te colocou dentro do meu escritório naquela festa. — Ele completa e sinto um nó na minha garganta.

— Eu quero ir para casa. — Engulo seco. — Quem sabe que eu estou aqui? — Pergunto.

— Jade e Sabrina são as únicas, não quero que ninguém saiba. — Ele diz e eu levanto as sobrancelhas.

— Está se sentindo culpado? — Pergunto e ele respira fundo. 

— Mais ou menos, mas é melhor ninguém saber. — Tayler cruza os braços e chama o médico de volta para o quarto.

Não demorei para receber alta do hospital, mas mesmo assim vou precisar ficar de repouso por um tempo, sem poder sair de casa, trabalhar ou fazer qualquer esforço físico

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Não demorei para receber alta do hospital, mas mesmo assim vou precisar ficar de repouso por um tempo, sem poder sair de casa, trabalhar ou fazer qualquer esforço físico.

Estranho quando vejo que Tayler que está dirigindo, está sendo bem mais desconfortável nós dois sozinhos nesse carro do que quando estamos com Max.

— Você quer alguma comida específica para o jantar? — Tayler pergunta, com certeza na intenção de puxar um assunto. Ainda não estava pronta para olhar em seus olhos.  — Você pode me responder, por favor. — Ele não está sendo grosso, mas o fato de estar incompreensivo me incomoda. 

Eu só queria entender o motivo de tanta intimidade com aquela mulher, nós combinamos de não nos relacionarmos com mais ninguém, foi uma das minhas únicas exigências. Nunca estive tão confusa, passamos tanto tempo nos tratando como se isso tudo fosse real, que acho que acabei caindo nessa fantasia. 

— Eu preciso que você acredite em mim para isso dar certo, eu jamais faria qualquer coisa para te chatear...— Agora, eu me sinto na obrigação de olhar em seus olhos. — Quem gosta, não trai e você só não sabe o quanto eu gosto de estar vivendo isso com você porque nunca me deixou falar, sempre me interrompia. — Eu quase arregalo os meus olhos, mas essa não seria a melhor reação. — Não estou dizendo que estou certo, deveria ter tirado ela de perto de mim, mas fiquei sem saber o que dizer, Samantha estava nos parabenizando pela gravidez, claro que estava me encostando muito, mas não é como se estivéssemos flertando, acredita em mim...— Não sei como esse homem consegue focar na estrada e ter esse tipo de conversa ao mesmo tempo. 

Eu respiro muito fundo, eu tenho certeza que se eu perguntar ele terá mais coisas a dizer, mas assim como antes, eu não estou preparada, demorei para conseguir morar com outra pessoa, transar e beijar foi mais difícil ainda, agora não me imagino conseguindo dar um espaço ao amor na minha vida, mas eu acho que isso já está quase acontecendo. 

— Eu nunca vou te forçar a sentir o mesmo que eu, mas você duvidar tanto do meu caráter me machuca, só peço que acredite em mim. — Uma lágrima desce em meu rosto e como etsmaos parados no sinal vermelho, Tayler limpa. 

— Eu preciso de um tempo para pensar, aconteceu muita coisa nessas últimas horas e eu estou com medo de tudo...— Respondo, com certeza não era o que ele queria escutar, mas é o que eu consigo agora. — Eu quero lasanha para o jantar. — Tayler abre um sorriso quando eu respondo a sua pergunta. 

— Você pode ter certeza que vou usar todo o tempo que tivermos juntos para te mostrar que não sou o que está pensando. — Encosto a minha cabeça na janela do carro e fecho os meus olhos, espero que ele esteja certo. 

Confiança é e sempre será a base de tudo, ainda mais na nossa situação onde existe tantos segredos.  

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