Eu odeio a máfia.
Montanhas de dívidas que nunca desaparecem, homens estranhos com armas, ameaças sussurradas nos bastidores. Foi isso o que minha vida se tornou.
Eu disse ao meu pai para nunca se envolver com os Theerapanyakul , mas ele faria qua...
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O que diabos eu estava pensando quando disse a Pete que ele poderia trabalhar comigo? O pensamento surgiu na minha cabeça em um instante e saiu dos meus lábios. Eu gemi longo e baixo enquanto minhas mãos apertavam o volante.
Eu sou um idiota.
Enquanto eu dirigia para a casa de Pete, tudo que eu conseguia pensar era que eu ficaria espremido no meu carro com ele pelo resto da noite.
Maldito Kinn. Foi culpa dele que eu apresentei a proposta em primeiro lugar. Mas eu não tinha pensado em nada durante todo o trajeto e essa foi a primeira coisa que me veio à cabeça.
— Porra, isso é uma merda.
Eu deveria estar fazendo algo mais importante, como procurar os babacas que tentaram matar Kinn. Mas como não tínhamos novas pistas, eu estava preso como babá.
As únicas pessoas com quem eu não me importava de trabalhar eram os membros da minha família e mesmo assim eu ainda preferia fazer isso sozinho. Não havia distrações, nenhuma besteira desnecessária. E assim que o trabalho terminasse, eu poderia encontrar um lugar para relaxar e aproveitar o pouco tempo livre que eu tinha.
Por que eu não poderia ter encontrado outra solução? Tinha que haver um milhão de outras maneiras de lidar com isso, mas estava feito agora e Kinn sabia disso. E ele gostou.
Claro, ele gostou. Aquele filho da puta.
Meu celular tocou e eu o peguei.
— O quê?
— Alguém está irritado. — Porsche disse com uma risada. — Você está com Pete?
— Não. — eu resmunguei, sem vontade de falar com Porsche quando era culpa dele eu estar preso nessa situação em primeiro lugar. — Porquê?
— Eu só queria te dizer para ser legal com meu amigo. Ele é todo duro por fora, mas Pete é um cara legal. Não o quebre.
Eu zombei.
— Estamos trabalhando juntos. O que você acha que vou fazer com ele?
— Bem, seu primo gosta de quebrar dedos. — ele murmurou.
— Quantas vezes eu tenho que dizer para você parar de dizer isso às pessoas? — Kinn rosnou do outro lado da linha. — E me dê meu celular. Você ainda está de castigo por ter sido um pirralho.
Porsche gemeu.
— Você precisa transar. — ele murmurou antes de suspirar. — Apenas seja legal, Vegas. Ok?
— Contanto que ele não me dê nenhuma merda.
Ele soltou uma risada.
— Pete? Ele vai te dar merda por dias. Eu não sei por que você acha que eu me associaria com alguém sem uma atitude sólida. Eles nunca seriam capazes de lidar comigo.
