14. COMPLICAÇÕES

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Oie! Aqui estou com mais um capitulo. 

Devo dizer que é um dos grandes, eu pensei em dividir em dois ou três e voltar com as outras partes depois, mas eu não sei como vai ser minha semana, então resolvi postar inteiro e vocês mesmas decidem se/como querem dividir a leitura, da forma que ficar melhor pra vocês. 

Vamos ver o que vem por aí. 

Boa leitura!

Ela estava sentada no meio da cama, as pernas dobradas e cruzadas perto do corpo, os dedos da mão direita sobre os lábios, um sorriso persistente enfeitando suas bochechas com covinhas

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Ela estava sentada no meio da cama, as pernas dobradas e cruzadas perto do corpo, os dedos da mão direita sobre os lábios, um sorriso persistente enfeitando suas bochechas com covinhas...

Era exatamente quatro da manhã, Roxanne sabia muito bem que em breve precisava levantar e iniciar seu dia. Mesmo não tendo dormido nada, ela tinha que se vestir e estar plenamente disposta para o que o trabalho reservasse.

Ainda assim, lá estava ela, acordada, com a mente dopada, apenas imagens em looping do beijo de momentos antes rodando e rodando diante de seus olhos.

No fundo ela sabia que em breve analisaria aquela cena exaustivamente, procurando motivações, encontrando problemáticas, complicações e obstáculos. Conhecia a própria cabeça muito bem, logo todas as suas experiências passadas viriam à tona e ela encontraria um defeito nos motivos por trás daquele beijo...

Quer dizer, como se precisasse de mais empecilhos em tudo aquilo, além das coisas óbvias...

E talvez, por saber tão bem que em breve seu pensamento exaustivamente hiperativo, estragaria tudo aquilo, ela queria apenas manter o momento vivo em sua memória enquanto pudesse.

Como um livro que amamos muito quando jovens, mas depois que amadurecemos podemos finalmente ver os pequenos defeitos e problemáticas, antes ignorados...

A vida de Roxanne era cheia de páginas assim, capítulos inteiros que ela pensou serem um sonho e que depois, quando foram repassados em sua mente, provaram-se pesadelos. E tudo estava na cara, como ela não viu antes?

Então o provável é que ela acabasse vendo aquele beijo por uma percepção mais fria e racional dali há algumas horas. Porque afinal era a Donna, tinha deveres e objetivos que não condiziam com beijos secretos em sacadas no meio da madrugada.

Porém, naquele curto tempo, ela se permitiu reviver essa memória recente com a euforia de uma menina iludida com promessas de felicidade. Seu corpo ainda no frenesi da excitação, seu estômago repleto de borboletas, seu coração batendo de verdade pela primeira vez em anos e sua mente dócil e feliz com a ilusão.

Até que o Sol raiasse lá fora, Roxanne Domenichelli se permitiu ser como Julieta Capuleto, logo depois de flertar com Romeu Montecchio em uma sacada, ignorando que o mundo estava contra eles e que aquela história inteira acabaria em tragédia.

OPERAÇÃO ROLETA RUSSA | Bucky Barnes ✓Onde as histórias ganham vida. Descobre agora