12 | Sem mestre

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Lâmina de dragão de jade. É a arma que enfrento. A portadora, Mei, faz questão de me deixar ocupada com ela.

- Finalmente consegui uma audiência com a rainha Candece. Vão lá antes que ela mude de ideia. - Red Son nos comunica e logo rumo ao palácio principal de Womanland.

Conversamos com a rainha sobre minha situação, fiquei sem mentor e perguntei se ela poderia nos ajudar em algo, Wukong disse que ia ter que falar com ela em breve, talvez ela sabe quais passos devo dar apartir de agora, se poderia ficar aqui, em seu reino, até o mestre acordar...

- Mas de jeito nenhum! - Candece vocifera de seu trono.

- Majestade... - Mei tenta falar mas é interrompida pela rainha.

- Só deixei que colocassem os pés aqui pois seu mentor estaria presente. Se ele não está bem para prosseguir com seus ensinamentos então volte somente quando estiver bem. Não tenho nenhuma mentora disponível para te ajudar no momento. Não quero que fique aqui, desocupada, perambulando em meu reino.

Dessa vez eu ia falar algo mas sinto a mão de Mei em meu ombro e a vejo menear a cabeça com sobrancelhas franzidas, ouço dela:

- Não insista, irritar a rainha de Womanland é a pior das ideias.

Ela respira fundo antes de agradecer.

- Mesmo assim, muito obrigada, majestade.

Que rainha mais idiota! Ela deveria ponderar melhor sobre essa questão! O mundo está sendo destruído e ela só consegue se importar é com seu reino. Que vá a ruína. Sua ilha não está solta no espaço, mais cedo ou mais tarde será afetada se não fazer algo para impedir. Mesmo fervendo de raiva, me contenho, dou meia volta para sair desse lugar.

- Você aí, guerreira Valente. - Candece me chama e viro meu corpo de volta para sua direção. Uma servente, que lhe abana, atira algo para mim, o apanho na hora.

- O que é isso? - questiono analisando tal objeto que parece estar quebrado, tem uma cordinha para, suponho eu, pendurar no pescoço.

- O rei macaco disse que precisa desse medalhão. - Candece explica. - Ele serve para ressuscitar as pessoas que se foram nesse caos que seu mestre causou. Não nos decepcione como ele.

- Aonde vou agora? - susurrei para mim mesma no laboratório escondido e sendo desmontado de Red Son. Mei parece ter ouvido.

- Partiu Megapolis! - Mei me abraça de lado, me chacoalhando, que menina mais cheia de energia -, lá temos uma equipe experiente em fins do mundo, vai por mim, estar lá é o melhor lugar em que você pode estar agora.

- Não faço ideia de como usar isso - mostro o pedaço de medalhão. - Nem está inteiro!

- Calma, vamos descobrir como se usa.

Graças a uma aeronave cedida pelo rapaz de madeixas vermelhas, logo chegamos na cidade onde a equipe experiente em fins do mundo se encontra.

- Bem vinda ao Pigsy's Noodles! - Mei abre as portas do estabelecimento que adentro sem pensar duas vezes. Há um porco servindo tigelas de macarrão, um homem sentado próximo ao balcão, limpando as lentes de seu óculos, um cara hiper musculoso azul e uma menininha brincando com um gato.

- Esse é o dono, Pigsy - ela os apresenta -, amigos que sempre vem aqui, Mr. Tang e Sandy.

- Oi! - acena Pigsy.

- Olá! - Tang cumprimenta.

- Bem vinda! - saúda Sandy.

- E esse é o Mo! - uma garotinha estende um gatinho azulado em minha direção. O acaricio de forma breve enquanto ele me cumprimenta da forma dele.

A Discípula de Sun WukongWhere stories live. Discover now