capítulo dois

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— Algo errado? — Disse uma voz familiar antes de um braço estava pendurado em volta dos ombros de Pete.

Pete olhou para Porsche, mas continuou andando. Sua próxima aula ia começar em dez minutos e era uma qual não poderia se atrasar.

— Nada.

— Besteira. Me conte isso. — Os escuros olhos castanhos de seu amigo estavam fixos nele, curiosos.

Pete deu de ombros.

— Estou ferrado. E por causa disso, eles vão tirar a minha bolsa se eu não melhorar minhas notas em três matérias.

Porsche fez uma careta.

— Eu pensei que você já tivesse falado com os professores e explicado sua situação.

Suspirando, Pete passou a mão pelo cabelo.

— Sim. Mas há também mecânica dos fluídos.

Porsche fez uma careta.

— Theerapanyakul.

— Sim — disse Pete miseravelmente.

O professor titular mais jovem da escola, Vegas Theerapanyakul tinha o apelido de “professor Idiota”, por uma razão. Rigoroso e ríspido, ele estabeleceu impossivelmente altos padrões para estudantes e desprezou aqueles que não conseguiram alcançá-los. Ele não tolerava “preguiça.” E uma vez que Pete perdeu muitas de suas palestras e muitas vezes não teve tempo para completar suas tarefas, se tornou provavelmente um dos alunos menos favoritos de Theerapanyakul, o homem ainda tinha alunos favoritos.

As chances de Theerapanyakul lhe dá alguma folga eram inexistentes.

Theerapanyakul não deu a qualquer um, qualquer folga. Suas exigências beiravam o ridículo, mas aos olhos do conselho, Theerapanyakul não estava fazendo nada de errado, já que ele ganhou um monte de bolsas de investigação, e eu digo um monte. Pete teve que dar crédito a Theerapanyakul, ele não se tornou um altamente respeitado pesquisador com a idade de trinta e três anos se não fosse incrivelmente inteligente, mas isso não mudava o fato de que o cara era um babaca total.

— O que você vai fazer? — Disse Porsche.

— Não faço ideia — Pete fez o seu caminho para os seus lugares habituais na frente da sala de aula: Theerapanyakul tinha ordenado que ele e Porsche se sentassem lá o tempo todo, depois que ele os tinha pego falando durante a sua aula.

Pete sentou-se e suspirou.

— O que devo fazer?

— Eu gostaria de poder ajudá-lo. — Porsche caiu em um assento ao lado dele. — Mas você sabe que eu estou um pouco apertado no dinheiro também.

Pete acenou com a cabeça. Porsche viveu com sua avó e ajudou como pôde. Seus pais trabalhavam em outro país e não foram de muita ajuda.

— E a sua tia? — Disse Porsche. — Eu pensei que ela iria te ajudar quando as coisas ficassem difíceis.

Pete fez uma pausa e deu-lhe um olhar incrédulo.

— Ela morreu no ano passado, Che. Eu te falei isso.

O rosto de Porsche corou em um vermelho brilhante.

— Merda, me desculpe, eu não sei como eu...

Pete balançou a cabeça.

— Esqueça.

Não era que Porsche não se importava; ele era apenas muito sociável e tinha mais amigos do que Pete teve conhecidos. Não admira que tenha esquecido.

perverso × vegaspeteOnde histórias criam vida. Descubra agora