capítulo final

4.5K 493 184
                                    

— Vegas — Pete disse, fechando a porta.

Vegas não olhou para cima a partir de seu computador.

— Agora não. Estou ocupado e você é... muita distração.

Pete sorriu.

— Distração, hein? — Vegas lhe lançou um olhar, mas era tímido na melhor das hipóteses. — Vamos, me diz já!

— Nenhum tratamento especial — disse Vegas. — Você vai saber sua nota amanhã, quando todo mundo também souber.

Recostando-se contra a porta, Pete mordeu o lábio.

— Será que eu errei?

Ele não tinha certeza. Vegas tinha ajudado muito ultimamente, explicando um monte de coisas que ele tinha perdido no início do semestre. Pete tinha pensado que sua compreensão do assunto tinha melhorado e que ele tinha ido muito bem no exame, mas agora, olhando para o rosto perverso de Vegas, ele não tinha mais certeza.

— Não — disse Vegas. — Você não falhou.

Pete expirou.

— Então o que eu tirei? AC, certo?

Vegas apertou os lábios.

— Você tem um B.

Pete ficou boquiaberto.

— Sério? Espere, você...

— Não, eu não lhe dei nenhum tratamento especial — disse Vegas, seu tom de voz um pouco na defensiva. — Você fez um bom trabalho. Você é inteligente. Se você realmente se esforçou em assistir às aulas, você não iria ter nenhum problema.

Pete sorriu, se sentindo estupidamente feliz e tonto. Ele deu um passo em direção à mesa, mas Vegas retrucou:

— Não.

— Por quê?

Vegas fixou os olhos na tela na frente dele, com sua mandíbula apertada.

— Eu te disse. Você está me distraindo. Tenho que trabalhar.

Pete não queria ir. Ele queria abraçá-lo. Ele queria beijá-lo. Ele queria comemorar com ele.

— Mas...

Vegas suspirou por entre os dentes.

— Tá bom. Venha aqui e me beije. Um beijo. Então você sai.

Pete foi lá e o beijou.

E beijou novamente.

E de novo.

E mais uma vez.

×××

Quando Pete abriu os olhos na manhã seguinte, ele encontrou Vegas o observando.

— Bom dia — murmurou Pete, seus rostos apenas polegadas de distância sobre o travesseiro. Ele sentiu insuportavelmente íntimo. —  Dormiu bem?

— Não, eu não dormi. — disse Vegas, sua mão pesada nas costas de Pete. — Sua cama é terrível. Eu quase caí duas vezes.

Pete sorriu preguiçosamente.

— Ninguém está te forçando a dormir aqui.

Vegas atraiu os lábios em uma linha fina e desviou o olhar por um momento antes de olhar para trás.

— Vai ser muito mais conveniente se usarmos a cama da minha casa.

Pete piscou.

— Você sabe que eu não posso deixar as crianças sozinhas.

— Eu tenho um quarto para elas.

Pete olhou para ele.

— Você está me pedindo para morar com você?

O rosto de Vegas estava em branco.

— Seria conveniente.

— Conveniente?

— Sim, conveniente.

Pressionando os lábios para se impedir de rir, Pete assentiu solenemente.

— Muito conveniente.

— Cala a boca, Saengtham — disse Vegas.

Pete sorriu lentamente e colocou os braços em volta de seu pescoço.

Eles se olharam nos olhos por um longo momento e Pete sentiu algo apertar no peito.

Ele disse baixinho:

— Eu também te amo, Vegas.

Vegas olhou para ele para o que pareceu uma eternidade, antes que ele dissesse um pouco sem fôlego:

— Sim.

Pete riu.

— Ok, nós vamos ter que trabalhar sobre isso...

Vegas o calou com um beijo.


Fim

NÃO CHORE, MA LOVE 。⁠:゚⁠(⁠;⁠´⁠∩⁠'⁠;⁠)゚⁠:⁠。
Espere para receber e ler Cruel na próxima quarta. Feliz ano novo 🎉

perverso × vegaspeteTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang