capítulo doze

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Ele finalmente encontrou Theerapanyakul no terraço meia hora mais tarde.

— Eu estou indo para casa — disse Pete.

Os ombros de Vegas endureceram. Ele se virou, com um cigarro na mão. Estranho. Até ontem, Pete tinha pensado que ele não fumava nada. Theerapanyakul deu uma longa tragada, estudando-o com uma expressão ilegível.

— Por que? Nós deveríamos ir amanhã.

— Eu falei o com seu pai.

Por um momento, Vegas ficou muito tenso, antes que um sorriso irônico aparecesse em seu rosto.

— Quanto ele te ofereceu?

— Muito. Só um idiota iria recusar.

Theerapanyakul virou.

— Parabéns. O dinheiro mais fácil que você já ganhou.

Pete olhou as costas retas.

— Bem, nós já estabelecemos que eu sou idiota, não é?

Houve uma pausa antes de Theerapanyakul soltar uma risada.

— Você deveria ter aceitado o dinheiro, Saengtham.

— Eu não gosto dele.

Vegas virou novamente e aterrou o cigarro com seu sapato.

— Ninguém gosta dele. Mas não é um motivo para não aceitar o dinheiro. Sabemos que não teria feito nenhuma diferença.

— Sabemos disso, mas ele não. — Pete inclinou a cabeça. — Estaria tudo bem se eu aceitasse esse dinheiro? Ele acha que eu sou seu namorado.

Os lábios de Theerapanyakul torcida.

— Meu pai vem pagando os meus namorados para me deixar desde que eu tinha quinze anos. Você não teria sido o primeiro. O velho é teimoso o suficiente para pensar que vou casar com uma menina agradável se ele pôr um fim em todas as minhas relações. Eu tento entender o homem. Embora esteja um pouco surpreso nesse momento. Normalmente, ele se incomoda somente se o o meu parceiro durar mais de um mês, o que não acontece muitas vezes.

Pete olhou para ele.

— Você não pode me dizer que todos eles aceitaram o dinheiro.

— Não. Nem todos eles. Mas a maioria.

Houve um semblante de indiferença no rosto de Vegas e Pete teve que apertar os punhos e olhar para longe, tentando se livrar do desejo de tocá-lo.

— Você disse que ele te lembrava eu — disse Theerapanyakul. — Mas ele atinge outro patamar. Ele não sabe quando parar.

— Sim — murmurou Pete. — Ele atinge. Ele é auto-prejudicial, idiota, arrogante, mesquinho e ele te machuca. Mas isso não é desculpa para você agir como um otário. Se você continuar a ser tão insensível e tratar as pessoas como se tivessem que te servir, você vai se transformar nele. Você quer isso?

— Eu realmente não te trouxe aqui para poder me psicanalisar.

— Não, você não me trouxe junto para isso — disse Pete, com sua voz calma. — Mas eu estou fazendo.

O olhar de Theerapanyakul afiou.

— O quê?

— Estou um pouco cansado de ser tratado como uma prostituta barata por sua família.

— Eu não diria que você é barato — disse Vegas, com a voz entrecortada.

Pete riu suavemente.

— Ok, talvez eu mereça. Eu precisava de dinheiro e não tinha orgulho suficiente para dizer não, mas estou meio cansado disso agora, professor.

perverso × vegaspeteWhere stories live. Discover now