capítulo quatorze

3.2K 402 268
                                    

O primo de Pete, Thankhun morava na parte mais perigosa da cidade. Esse era um dos motivos de Pete não o visitar muito. A outra razão era que seu primo vinha agindo estranho pra caramba depois de ter sido libertado da prisão. Ele parecia deprimido e distante, como se nem estivesse lá.

No primeiro momento, Pete atribuiu isso a morte de sua tia. Ela tinha falecido enquanto Thankhun ainda estava preso, mas não parecia ser o caso. Em vez de ficar melhor, seu primo parecia apenas mais deprimido enquanto o tempo passava. Pete estava preocupado com ele, é claro, mas verdade seja dita, ele tinha problemas mais urgentes em que pensar e não tinha como visitá-lo.

Entretanto, hoje, depois de deixar as crianças na casa da babá, antes de seu turno da noite, Pete decidiu fazer um pequeno desvio e descobrir como Thankhun estava indo.

Seu primo cumprimentou-o com um sorriso.

— Oi, entra — ele disse, abrindo mais a porta.

Levou um segundo para Pete se recuperar de seu choque.

— Você parece bem — disse ele, dando um tapinha em seu ombro e entrando no apartamento.

Thankhun estava ótimo. Ele sempre tinha sido o mais bonito entre eles. Eles poderiam compartilhar o mesmo cabelo e olhos, mas era aí que as semelhanças terminavam. As características de seu primo eram muito mais delicadas e francamente requintadas. Se Porsche visse Thankhun, ele nunca mais iria chamar Pete de princesa. Pete ficava pensando se alguma coisa tinha acontecido com Khun na prisão. Se os rumores forem verdade, então... Pete estremeceu.

— Como estão as meninas? — Perguntou Thankhun, tirando Pete de seus pensamentos.

— Bem. Hoje tenho turno da noite, então as deixei com a babá.

Thankhun se sentou no sofá, com as pernas cruzadas e deu um tapinha no lugar ao lado dele.

Removendo a jaqueta, Pete tomou o assento.

— Eu realmente não posso ficar — disse ele, olhando para o relógio. — Eu vou me atrasar para o trabalho. Eu só queria te ver e saber como você estava.

A porta se abriu e um homem entrou no apartamento.

Vendo Pete, ele parou e olhou.

Pete desviou o olhar..

O homem era alto e muito bonito.

— Quem é esse? — Perguntou o rapaz.

— É o meu primo Pete — disse Thankhun, defensivamente. — Pete, esse é o Arm.

Pete esperou por uma explicação, mas não havia nenhuma. Mas quando Arm se aproximou, inclinou a cabeça de Thankhun e o beijou, não havia nenhuma necessidade de explicações.

O beijo explicou tudo e Pete só podia olhar. Ele jurava que Thankhun era completamente hétero.

Definitivamente não era.

Quando seu primo realmente gemeu, Pete olhou para longe, muito desconfortável. Ele se levantou e limpou a garganta.

— Hum, é melhor eu ir. — Ele riu. — Você está claramente muito bem.

Atrás dele, o beijo parou.

— Olha — disse Thankhun, parecendo envergonhado. — Eu...

— Você não tem que explicar nada — disse Pete rapidamente e se dirigiu para a porta. — Eu já vou.

— Espere — disse Thankhun. — Já está tarde. Não é seguro andar por aqui sozinho. Arm vai te levar para casa.

— Eu vou? — Murmurou Arm.

perverso × vegaspeteOnde histórias criam vida. Descubra agora