Capítulo vinte e dois

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Pete acordou no meio da noite, tremendo.

Ele tentou se manter mais fundo debaixo das cobertas. O quarto estava frio e úmido como de costume, mas era difícil de ignorar depois de semanas compartilhando o calor do corpo com outra pessoa.

Pete suspirou, virou de barriga pra baixo e abraçou seu travesseiro, irritado consigo mesmo. Isso estava ficando fora de controle. Que se foda Theerapanyakul e o corpo caloroso dele. Que se foda ele.

Entretanto, não importava o que ele dissesse a si mesmo, a dor em seu estômago ainda estava lá. A fome. A necessidade que ia além do sexo. Ele queria o corpo de Theerapanyakul ao lado dele, espaçoso e confortável. Ele queria mesmo ouvir seus comentários mordazes, sentir a respiração de Vegas contra a sua pele...

Pete ficou tenso e levantou a cabeça. Ele podia jurar que tinha escutado vozes vindas da sala de estar. As meninas não poderiam estar acordadas, certo?

Franzindo a testa, Pete saiu da cama, tremendo mais violentamente quando o ar frio atingiu sua pele, caminhando em direção à porta. Estava claro na sala de estar, mas não significava nada: ele deixava a lâmpada acessa, uma vez que as gêmeas tinham medo de escuro.

Pete abriu a porta silenciosamente e congelou. Theerapanyakul estava sentado no chão ao lado da cama das meninas, com uma das gêmeas no colo.

O coração de Pete começou a bater em seu peito.

Ele estava de volta.

Ele estava de volta.

— Onde você tava? — Disse a irmã dele, esfregando os olhos sonolentos com uma mão enquanto a outra brincava com a gravata de Theerapanyakul.

Era Bee, Pete percebeu. Vegas parecia ter um pouco de fraquinho por Bee, embora fosse estranho que ele fosse assim justamente por ela.

Pete olhou para o rosto de Theerapanyakul. Mesmo sob a luz fraca da lâmpada, seu rosto parecia profundamente cansado.

— Eu estava visitando a minha família — murmurou Theerapanyakul.

Bee chupava seu polegar.

— eu lembro da sua família. Seu pai odiava a gente. — Um olhar estranho cruzou o rosto de Theerapanyakul. Ele não disse nada. — o Pete falou que você tem uma família nova.

Vegas visivelmente endureceu.

— Ele disse isso mesmo?

Bee assentiu.

— Ele tava muito triste.

Pete sentiu corar.

Ela tinha mesmo que dizer isso a ele?

Theerapanyakul adquiriu uma expressão estranha em seu rosto. 

— Ele estava triste? — Ele murmurou.

— Eu tava triste também — disse Bee. — Por que você quer outra família? Você tem a gente.

Crianças” Pete pensou, mordendo o lábio. Elas não tinham medo. De certa forma, as crianças eram mais corajosas do que os adultos.

Theerapanyakul abriu a boca e depois fechou. Era uma das poucas vezes que Pete o tinha visto em uma perda de palavras. A garganta dele convulsionou, antes que respondesse:

— Não se preocupe, eu não vou querer uma nova familia. — Pete expirou. — Você não deveria estar dormindo, anão?

Bee estudou Theerapanyakul seriamente com seus olhos grandes.

— Você tá triste também. Aconteceu algo ruim?

Um sorriso sem humor torceu os lábios de Vegas.

perverso × vegaspeteTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang