Pete acordou no meio da noite, tremendo.
Ele tentou se manter mais fundo debaixo das cobertas. O quarto estava frio e úmido como de costume, mas era difícil de ignorar depois de semanas compartilhando o calor do corpo com outra pessoa.
Pete suspirou, virou de barriga pra baixo e abraçou seu travesseiro, irritado consigo mesmo. Isso estava ficando fora de controle. Que se foda Theerapanyakul e o corpo caloroso dele. Que se foda ele.
Entretanto, não importava o que ele dissesse a si mesmo, a dor em seu estômago ainda estava lá. A fome. A necessidade que ia além do sexo. Ele queria o corpo de Theerapanyakul ao lado dele, espaçoso e confortável. Ele queria mesmo ouvir seus comentários mordazes, sentir a respiração de Vegas contra a sua pele...
Pete ficou tenso e levantou a cabeça. Ele podia jurar que tinha escutado vozes vindas da sala de estar. As meninas não poderiam estar acordadas, certo?
Franzindo a testa, Pete saiu da cama, tremendo mais violentamente quando o ar frio atingiu sua pele, caminhando em direção à porta. Estava claro na sala de estar, mas não significava nada: ele deixava a lâmpada acessa, uma vez que as gêmeas tinham medo de escuro.
Pete abriu a porta silenciosamente e congelou. Theerapanyakul estava sentado no chão ao lado da cama das meninas, com uma das gêmeas no colo.
O coração de Pete começou a bater em seu peito.
Ele estava de volta.
Ele estava de volta.
— Onde você tava? — Disse a irmã dele, esfregando os olhos sonolentos com uma mão enquanto a outra brincava com a gravata de Theerapanyakul.
Era Bee, Pete percebeu. Vegas parecia ter um pouco de fraquinho por Bee, embora fosse estranho que ele fosse assim justamente por ela.
Pete olhou para o rosto de Theerapanyakul. Mesmo sob a luz fraca da lâmpada, seu rosto parecia profundamente cansado.
— Eu estava visitando a minha família — murmurou Theerapanyakul.
Bee chupava seu polegar.
— eu lembro da sua família. Seu pai odiava a gente. — Um olhar estranho cruzou o rosto de Theerapanyakul. Ele não disse nada. — o Pete falou que você tem uma família nova.
Vegas visivelmente endureceu.
— Ele disse isso mesmo?
Bee assentiu.
— Ele tava muito triste.
Pete sentiu corar.
Ela tinha mesmo que dizer isso a ele?
Theerapanyakul adquiriu uma expressão estranha em seu rosto.
— Ele estava triste? — Ele murmurou.
— Eu tava triste também — disse Bee. — Por que você quer outra família? Você tem a gente.
“Crianças” Pete pensou, mordendo o lábio. Elas não tinham medo. De certa forma, as crianças eram mais corajosas do que os adultos.
Theerapanyakul abriu a boca e depois fechou. Era uma das poucas vezes que Pete o tinha visto em uma perda de palavras. A garganta dele convulsionou, antes que respondesse:
— Não se preocupe, eu não vou querer uma nova familia. — Pete expirou. — Você não deveria estar dormindo, anão?
Bee estudou Theerapanyakul seriamente com seus olhos grandes.
— Você tá triste também. Aconteceu algo ruim?
Um sorriso sem humor torceu os lábios de Vegas.
![](https://img.wattpad.com/cover/325509777-288-k307557.jpg)
KAMU SEDANG MEMBACA
perverso × vegaspete
RomansaO professor Vegas Theerapanyakul é odiado e temido por todos os seus alunos. Insuportável, reservado e cruel, ele não tolera erros e tem pouca paciência para alunos estúpidos, já que ele é um gênio. Pete Saengtham tem vinte anos e está lutando para...