capítulo treze

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— Eu não entendo — disse Porsche, uma semana depois, olhando para ele do outro lado da mesa no refeitório do campus. — Por que ele é um idiota com você? Quero dizer, ele é sempre um idiota, mas ultimamente ele tem sido um super idiota quando se trata de você.

Pete reprimiu um suspiro. Porsche estava certo, é claro. Vegas vinha tratando ele como merda a semana toda. Não que isso seja uma surpresa completa.

— Sério, você matou alguém e enviou o corpo pro apê dele?  — Pete balançou a cabeça. — Tem que haver alguma explicação. Está ficando ridículo. As pessoas estão começando a falar.

O copo de café de Pete parou a meio caminho de sua boca.

— Falar?

— Não importa. — Porsche fez uma careta, parecendo um pouco desconfortável. — Apenas alguns rumores estúpidos.

— Que rumores, Che?

Porsche tomou um gole de seu café.

— Algumas pessoas vem suspeitando sobre Theerapanyakul não te dar uma nota negativa a médio prazo.

Pete parou de respirar.

— O quê?

— Dizem que você chantageou ele para te dar uma nota melhor. Eu te disse que eram boatos estúpidos.

Pete relaxou, recostando-se na cadeira.

— Sim. Estúpidos.

— Na verdade, é um pouco estranho, não acha? Eu pensei que ele ia deixar você retido de verdade. Contudo, ele não o fez e agora achei como um babaca com você. A coisa toda é estranha. — Porsche deu-lhe um olhar de sondagem. — Você tem certeza que não está escondendo nada de mim?

Pete sentiu uma pontada de culpa. Ele tomou um gole de café e olhou para sua xícara.

— Talvez eu esteja.

— Tudo bem, conta — disse Porsche, fixando os olhos nele.

Pete começou contornar a borda do copo com o dedo, na sequência da sua forma.

— Você se lembra... do conselho que me deu sobre Theerapanyakul?

Porsche riu.

— Você quer dizer sobre flertar?

— Theerapanyakul não me deu uma nota de aprovação porque ele ficou com pena de mim, Che.

As sobrancelhas de Porsche franziram e em seguida seu queixo caiu.

— De jeito nenhum. Você realmente seguiu o meu conselho?

Pete fez uma careta.

— Não exatamente. — Ele olhou para o sanduíche no prato dele e puxou o queijo saindo nas bordas. — Eu fiz mais do que flertar.

Quando ele olhou para cima. Porsche tinha deixado cair o garfo e agora estava olhando para ele com os olhos arregalados.

— Você tá zoando.

— Eu desejaria.

Porsche olhou ao redor e moveu sua cadeira para mais perto.

— Então, o que ele quis que você fizesse em troca?

— O que você acha? Com certeza não uma punheta.

— Puta merda. Você o chupou?

Pete assentiu.

Porsche soltou uma risada curta.

— Uau, eu nunca pensei que você realmente flertaria com ele e muito menos faria isso. Como foi? Quero dizer, você ficou enojado?

Ele tomou um gole de café.

Pete estava tentado dizer que sim. Isso teria feito tudo mais simples. Mas ele não teve coragem de mentir.

— Não — disse Pete. — Estava tudo bem. Mesmo na primeira vez.

Porsche se engasgou com seu café e começou a tossir.

— Na primeira vez? — Disse ele quando a tosse finalmente diminuiu. — Você quer dizer que você fez isso mais de uma vez? Ele ainda te forçou a fazer o ano todo?

Pete pensou que se prostituir por uma nota era melhor do que por dinheiro, mas ele não tinha certeza.

— Olha... — Pete passou a mão sobre os olhos. — Eu realmente não quero falar sobre isso. Sim, aconteceu por algumas semanas, mas o importante é: Já acabou. Eu terminei com esse negócio.

— Mas você, você sabe... você transou com ele?

— Sim — disse Pete, lutando para manter a voz casual. — Eu transei com ele e ele me fodeu.

Porsche sorriu, com seus olhos castanhos dançando de malícia.

— Como ele é? Bom?

Com um sorriso torto, Pete balançou a cabeça.

— Vamos lá, nós temos mesmo que falar sobre isso?

— É claro que temos de falar sobre isso! Você transou com o Theerapanyakul! Com o Theerapanyakul, cara!

— Fala baixo! — Pete sussurrou, olhando ao redor. — Eu não quero falar sobre o assunto. Não há nada para falar. Foi fantástico, mas, obviamente, estou feliz que tudo isso acabou.

Ele sentiu os olhos de Porsche sobre ele, extraordinariamente grave e avaliador. Pete ficou inquieto.

— O quê?

— Afinal, qual é a razão para ele estar tão chateado com você se acabou?

Pete tamborizou os dedos sobre a mesa. Pete considerou um ponto do porquê, mas não era algo que ele queria pensar.

— Não faço ideia.

Porsche lhe deu um olhar cético.

— Vai, me fala que ele tem um pau pequeno. Isso faria o meu dia!

Pete revirou os olhos, balançando a cabeça.

— Ele não tem um pau pequeno. E eu não estou transando com ele mais. Estamos terminados.

Ele ergueu o copo e levou aos lábios, evitando Porsche. Ele pensou sobre o momento em que Theerapanyakul tinha olhado para ele de volta na classe: intensamente e tão malditamente irritado que fez ele instantaneamente ficar duro. Ele pensou em como ele tinha passado metade da aula fantasiando sobre cair de joelhos diante do professor e chupar o pau dele, alí mesmo, na frente de todos os outros alunos. Ele pensou sobre suas outras fantasias: como ele queria subir no colo de Theerapanyakul, calá-lo com beijos e, em seguida, ter Vegas dentro dele...

— Você está bem? — Disse Porsche. — Você está aéreo.

Pete forçou um sorriso.

— Sim. Estou bem.

Que se foda.

perverso × vegaspeteTempat cerita menjadi hidup. Temukan sekarang