capítulo seis

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Ficou claro que beijar não era um lance só de uma vez. Vegas parecia pensar que agora que tinha feito isso uma vez, ele tinha o direito de enfiar a língua na boca de Pete quando quisesse, e ele parecia querer muitas vezes.

Como resultado, Pete tinha gasto uma enorme quantidade de tempo no colo de Vegas, com a língua de Theerapanyakul em sua boca e as mãos dele em sua bunda. Esse último, fazia ele ficar meio fora, mas Vegas não parecia querer abrir mão. Pete imaginou que o cara só não parou, porque ele não falou nada sobre.

Normalmente, depois de cerca de dez minutos de apenas beijo, Theerapanyakul mandava ele o chupar, mas hoje ele estava tomando gastando o tempo só beijando-o mais e mais, profundo e absolutamente molhado, até que Pete mal podia respirar. A sensação familiar de estar completamente esmagado estava de volta, e Pete ficou ofegante e fazendo pequenos ruídos, que ele não tinha certeza do porquê. Foi simplesmente demais. Ele não tinha certeza se ele gostava desse sentimento, da sensação de estar completamente dominado ou se ele odiava.

Por fim, Vegas quebrou o beijo, mas em vez de simplesmente ordenar que o sugasse, como sempre fazia, ele começou a beijar o pescoço de Pete.

— Ei, eu tenho certeza que isso não era parte do acordo. — disse Pete.

Theerapanyakul ignorou, é claro.

Pete revirou os olhos. Desde que a coisa toda começou, ele descobriu que Vegas, na verdade, se mantia sob controle em sala de aula e não demonstrava a extensão de sua personalidade... Quando ficavam sozinhos, Theerapanyakul não se contia: ele era completamente dominador. Tudo tinha que ser feito da maneira que ele queria.

Pete foi arrancado de seus pensamentos quando sentiu as grandes mãos de Vegas deslizando sob sua camisa para acariciar suas costas nuas.

— Você está meio que está cruzando a linha, cara — murmurou Pete, embora, se ele fosse honesto consigo mesmo, sabia que não estava incomodado de Vegas querer toca-lo.

Ele se perguntou se ele deveria estar.

Não era a primeira vez que isso havia ocorrido a Pete e ele estava longe de ficar tão assustado com a coisa toda como ele provavelmente deveria ter ficado. Mas, novamente, ele tinha o pau do cara em sua boca todos os dias. Então isso não era nada.

Vegas continuou a mordiscar seu pescoço de forma agressiva.

— Tire meu pau para fora.

Antes que Pete pudesse fazer, o telefone celular de Vegas começou a vibrar sobre a mesa. Jurando entre dentes, Vegas levantou a cabeça do pescoço de Pete e estendeu a mão para o telefone.

— Sim? — Ele retrucou sem olhar para o identificador de chamadas.

Pete observou com interesse quando o rosto de Theerapanyakul se transformou em uma máscara de pedra. Ele obviamente não gostava de tudo o que a pessoa que ligou estava dizendo a ele, porque ele se tornou ríspido.

— Eu não estou interessado, Venice. — Uma pausa. — Eu não dou a mínima para o que ele quer. Poupe sua saliva. Eu não vou.

Sua curiosidade foi aguçada, Pete inclinou-se para o telefone, tentando escutar o que ela estava dizendo.

—... Pai está muito doente, Vegas — a mulher dizia. — Eu juro que não estou mentindo. Ele nunca iria admitir isso, mas eu sei que ele quer vê-lo antes-antes... Por favor. Por mim.

A mandíbula de Vegas apertou.

— Eu não vou fazer o que ele quer que eu faça. Eu não vou casar com essa mulher idiota.

— Ploy é uma jovem mulher agradável — disse Venice. — Sim, seu pai é amigo de nosso pai, mas ela não é o pai dela. Ela é meio...

— Venice — Vegas a interrompeu, olhando para sua mesa. — Você está esquecendo de uma coisa. Eu não gosto de mulheres. E mesmo se gostasse, nunca iria me casar com a mulher que ele escolhesse para mim.

Venice suspirou.

— Apenas volte para casa neste fim de semana. Essa é a única coisa que eu estou pedindo.

Theerapanyakul torceu a ponta de seu nariz.

— Tudo bem. — Ele desligou bruscamente e deixou cair o telefone sobre a mesa.

— Sua irmã? — Disse Pete. Figurando que Vegas não estava mais no clima para sexo. Ele estava prestes a deslizar fora de seu colo quando Theerapanyakul agarrou e puxou-o para um beijo.

O beijo foi cruel, duro e punitivo. Ele terminou tão rápido quanto começou.
Vegas segurou seu queixo e olhou para ele, com a raiva ainda rolando fora dele em ondas.

— Você vai me acompanhar.

Pete riu.

— Eu irei? Obrigado por me informar.

— Eu vou te pagar — disse Vegas, nenhum todo preocupado. — Outros três mil para o fim de semana.

Pete olhou para ele.

— Você está falando sério? Está disposto a me pagar três mil só para irritar seu pai?

O brilho que Vegas deu a ele o teria feito recuar algumas semanas atrás.

— Isso não é da sua conta. — Ele olhou para o relógio. — É quase duas horas. Vá para casa e se prepare para o fim de semana. Vou buscá-lo.

Pete pôs as mãos nos ombros de Vegas.

— Ei, espera um segundo. Eu não estou indo a lugar nenhum. Estou falando sério. Eu não posso.

Vegas lançou um olhar irritado.

— Por que não?

Pete hesitou.

— Eu tenho duas irmãs pequenas. Elas tem apenas quatro anos. Eu não posso deixá-las por um fim de semana. Eles não têm mais ninguém.

Theerapanyakul tinha uma expressão no rosto que Pete não conseguia ler.

— Contrate uma babá. Eu vou pagar.

Revirando os olhos, Pete saltou de seu colo.

— É essa a sua resposta para tudo? Você não pode comprar tudo, você sabe. Eu não vou deixar as crianças com alguém que elas não conhecem. Sua babá de costume tem o fim de semana livre.

Vegas soltou um suspiro, suas sobrancelhas trincaram um pouco quando uma carranca cruzou seus lábios.

— Bem, traga as pirralhas com a gente.

Pete fez uma pausa antes de voltar para ele.

— Eu não acho que é uma boa idéia. Elas ficam ansiosas com estranhos, e você... bem, você é você.

Um sorriso irônico apareceu no rosto de Vegas.

— Contrariando à opinião popular, eu não como bebês no café da manhã. — Ele se levantou e caminhou em direção a Pete. — Você vai vir comigo — disse ele, parando na frente dele. — Eu não me importo o que você faz com as crianças, mas você vai vir comigo.

Antes que Pete pudesse dizer qualquer coisa, Vegas agarrou seu colarinho e o puxou para um beijo.

Poucos minutos depois, Vegas finalmente o deixou respirar de novo, e Pete ficou perturbado quando encontrou os dedos cerrados na camisa dele.

— Certo — ele disse, um pouco atordoado e piscando.

Vegas deu-lhe um empurrão em direção à porta.

— Eu vou buscá-lo em duas horas. Eu sei o seu endereço.

— Certo — disse Pete novamente e saiu, sentindo-se mais do que um pouco confuso e apavorado.

perverso × vegaspeteOnde histórias criam vida. Descubra agora