Cocaine Cowboy | stucky

It's Not Living (If It's Not With You)

Danny ran into some complications

He falls asleep during conversations

He's gotta search the street when he's on vacation

The worst thing is that I'm in the same situation

Bucky's POV

Era o paraíso.

Eu estava vivendo o céu na terra e era ainda melhor do que eu podia esperar.

Eu e Steve estávamos indo perfeitamente bem, considerando tudo que havíamos passado até aqui. mas ainda tinha aquele ruido no fundo da minha mente o tempo todo ameaçando me destruir, ainda tinha náuseas, tremedeiras, fortes desejos incontroláveis. Eu queria cheirar. Estava chapado de Steve, sim. Entorpecido com a paixão ardente, mas ainda havia um buraco negro dentro de mim ameaçando me consumir por inteiro. Mas acredito que estava lidando com tudo, me descobrir e ser viciado, como um campeão.

Depois do show que eu dei beijando-o na frente de todos depois da luta, houve uma grande repercussão. Não havia uma única pessoa que não soubesse disso no dia seguinte, e que não estivesse comentando sobre. Andar pelo campus era como ser um animal exótico num zoológico: todos me olhavam e faziam comentários. Até mesmo cheguei a receber mensagens de antigas ficantes perguntando se não tinham mais chance. Outras, mais ousadas, perguntando se tinham chances de se envolver com os dois. Ao mesmo tempo.

Minha estratégia para lidar com tudo isso estava sendo descontar em cigarro, o que eu já fazia antes, Steve e, com cuidado para não ser pego, na bebida. Bebia discretamente quase o tempo todo, mas nunca o bastante para ser pego e estava sempre com um chiclete forte de menta na boca para disfarçar. Steve achava que eram hormônios à flor da pele e o lance de acabar de me descobrir bissexual, mas tinha um quê de desespero em toda atividade que vinha rolando.

Eu evitava beber enquanto estava com ele, mas nas noites que passava sozinho no quarto, apenas eu e meus demônios, acabava tomado algumas doses de bebida barata qualquer que tivesse no quarto. As vezes durante a tarde quando ele não estava em casa. As vezes de manhã antes de ir para as aulas, quando ele já tinha saído.

Não era a melhor forma de lidar com todas as mudanças e com a falta de pó, mas eu estava dando o meu melhor.

Só que não parecia que era o meu melhor. Eu poderia, deveria, fazer muito mais. Por Steve. Ele não merece jamais alguém assim.

E trocar a dependência por drogas por dependência alcóolica não me ajudaria com ele, ele ainda não aceitaria e não ficaria comigo.

Eu e Steve não fomos juntos para o complexo de prédios muitas vezes, já que tínhamos horários bem diferentes, especialmente porque ele estava em semana de provas. E continuaríamos com os horários diferentes, já que na próxima semana começaria a minha semana de provas.

Steve, é claro, passou em todas as provas e, como teria tempo livre com o semestre encerrado, o loiro se dispôs a me ajudar a estudar. Mesmo não sabendo nada sobre meu curso, ele criou um sistema bem eficiente.

Estávamos em casa, na mesa da sala, com todos os meus materiais espalhados e o xerox do caderno de uma das alunas que prestava atenção, já que meu caderno estava praticamente vazio, tirando alguns rabiscos, desenhos, lista de mercado, peças para minha moto. Ou seja, nada útil para a prova. Enquanto eu lia os textos e os fichava, Steve se distraía com o celular ou com um livro que estava lendo, mas nunca saía do meu lado na mesa.