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N/A: A TIA VÉIA SE CONFUNDIU COM A TECNOLOGIA E PULEI ESSE CAPÍTULO NA HORA DE ATUALIZAR PERDAO





Provavelmente estava fazendo papel de trouxa, mas estava ali mesmo assim, sentado no sofá com o kit de primeiros socorros esperando Bucky chegar para remenda-lo. Me sentia um pouco mal por estar evitando contato com ele a todo custo, especialmente depois da confissão, que ele não sabe que eu ouvi. Cada vez que olhava para ele eu era transportado de volta para a cama no meu antigo quarto com ele me abraçando e ouço as palavras sussurradas no meu ouvido. Posso até sentir o calor de novo do seu corpo no meu e depois o gelo do desespero que se espalhou pela minha coluna.

Acho que estou apaixonado por você, Steve Rogers.

Um calafrio percorria meu corpo toda vez e sentimentos conflitantes me tomavam. Me peguei mais de uma vez considerando a possibilidade, pensando "seria assim tão ruim?", mas logo me estapeava mentalmente para voltar a ser sensato. Meus sentimentos por James sempre foram um pouco confusos e os limites que traçavam nossa relação sempre foram um tanto quanto borrados; mas nunca eu esperaria isso. Ou consideraria como se pudesse ser recíproco.

James era bonito, de uma forma selvagem e agressiva; ele tinha uma aura violenta, um sorriso prepotente que dizia que ele era problema e olhos gelados ao mesmo tempo que queimando em fúria pouco contida. E algo nessa bagunça toda era extremamente atraente. Não era só o clichê bad boy, não era uma pose, era real. Algo nos seus olhos verdes nesse período de abstinência tinha mudado e era intrigante, eu não resistia à vulnerabilidade brutal e crua que ele me deixou ver nos últimos tempos. Bucky tinha baixado a armadura para mim, sua fortaleza parecia ter ruído. Ele ficou claro como o dia, fácil de ler como um livro aberto entregue nas minhas mãos.

A voracidade da expectativa sempre que estávamos perto me corroía por dentro. Desde o funeral ele esperava algo de mim. Algo que eu não poderia dar.

Poderia?

James Barnes era problema, problema demais até para mim. Especialmente para mim, que não posso ver um furacão que já corro direto para ele.

Um medo covarde se alojou nos meus ossos ao mesmo tempo que o desejo retorcia minhas entranhas como uma faca direto no estômago.

Então recorri a Samuel. Um movimento babaca e patético, mas corri para ele e desejei mais que tudo ser consumido por uma paixão avassaladora por ele. Mas era algo um pouco diferente que me consumia.

Parei de ignorar as mensagens de Sam, que tinham ficado menos frequentes, e passei a dar mais atenção a ele; mas eu sentia que não era genuíno. A reaproximação não era genuína. Tentei culpar a morte recente de Peggy, mas sabia que não era isso. Eu queria de verdade sentir algo a mais por ele; Sam era uma boa pessoa, sempre foi muito bom comigo, era um sujeito decente e tudo mais, mas simplesmente não conseguia me fazer sentir o que eu queria sentir por ele, não conseguia sentir por ele mais do que sentia por um amigo. Mas continuei tentando. Me sentia uma fraude, mas fiz mesmo assim. Eu gostava dele, de certa forma, nos dávamos bem e era bom estar com ele; eu já o desejei bastante e quis ter algo com ele antes, só precisava achar isso em mim de novo. Não tinha nada demais continuar saindo com ele agora, não é? Não era nenhum crime. Até porque nunca tivemos A Conversa e definimos as coisas, enquanto nada é proibido, tudo é permitido, com bom senso e responsabilidade emocional, é claro. Mas ainda assim, não temos uma definição e nem um compromisso maior com o outro.

Ou talvez eu esteja só inventando desculpas para continuar a ser um babaca.

Nem eu sei mais.

É tudo muito confuso. Fui pego de surpresa por muitas coisas ao mesmo tempo e não sabia como lidar com nenhuma delas.

Cocaine Cowboy | stuckyWhere stories live. Discover now