I Wanna Be Yours

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I wanna be your vacuum cleaner
Breathing in your dust

Saí da prova aliviado: menos um problema para me preocupar. As mais difíceis seriam na outra semana, o que me dava o final de semana para estudar e estar bem preparado.

Se todos os meus problemas pudessem ser resolvidos com dias de estudo e provas, seria tudo mais fácil. Eu era um novelo de lã todo embaralhado, mas finalmente estava conseguindo desemaranhar alguns fios. E comecei com o Sam.

Terminar as coisas com ele foi como tirar um peso das minhas costas. Definitivamente me sentia melhor. Mas ao mesmo tempo me sentia mal por como tudo acabou. Não terminamos nos melhores termos e, por mais que eu não esperasse isso, ser ignorado ou receber olhares de puro ódio nos corredores da faculdade não era bem o que eu queria.

Sam obviamente nunca mais se sentou na nossa mesa no almoço, e por mais que todos seguissem como se fosse normal, sua ausência tinha um jeito peculiar de pesar na minha consciência. Afinal, Sam havia feito amizade com outras pessoas ali e se dava muito bem com elas, e agora ele nunca mais vai falar com nenhuma delas.

Especialmente Clint e Natasha.

Às vezes me pegava querendo conversar com ele para nos resolvermos e cada um ir para o seu canto sem rancores. Mas tentar qualquer aproximação agora seria um erro. E eu não merecia a amizade dele depois de tudo que eu fiz. E as palavras dele sobre o Bucky ainda deixavam um gosto amargo na boca.

Bom, o importante era que estávamos ambos livres de uma relação que não faria nenhum de nós felizes.

E meu maior problema: James Barnes.

O clima entre nós fica mais estranho a cada dia. Ele tem tentado se fazer útil a presente e eu não sei o que fazer com isso. Não sei o que fazer no geral. Já dei o primeiro passo, que era ser honesto comigo, mas ser honesto com ele era algo que eu ainda não estava pronto.

Empurrei tudo isso para um canto distante da minha cabeça, iria almoçar com a Sharon e não queria pensar em coisas que não tenho como resolver no momento. Me faria muito bem passar um tempinho com ela. Ainda mais depois de tudo que aconteceu.

Marcamos num restaurante próximo do campus, então fui andando depois da aula. Numa mesa na varanda na frente do restaurante, estava a loira sentada e falando alegremente ao telefone; assim que me viu, encerrou a ligação.

- Então, quando você vai me contar tudo sobre isso? - disse dispensando cumprimentos e me sentando à mesa.

- Se eu tiver que falar sobre a minha vida amorosa, você vai também.

Fizemos nossos pedidos e conversamos amenidades enquanto esperávamos. Enquanto comíamos, Sharon me contou tudo sobre o boy africano com quem estava ficando. O tal T'chala era um oficial estrangeiro em missão diplomática; eles se conheceram por acaso: se trombaram num corredor, o que fez Sharon derrubar o celular no chão e quebrar a tela. A irmã do oficial se ofereceu para consertar e assim ele já tinha uma desculpa para encontrar Sharon de novo. Com o pretexto de devolver o celular, marcaram um encontro, que acabou virando vários encontros.

- Ansioso para a dupla cidadania. Sempre quis conhecer a savana.

- Muito engraçado, Steven, mas ele não vai ficar o bastante nem para evoluirmos para namorados. - respondeu com uma pontinha de melancolia.

- Nunca ouviu falar de webnamoro, amada? - tentei descontrair - Quando ele vai embora?

- Não sei bem. Talvez esse mês ainda, - Sharon assumiu um tom sério e desviou o olhar - Ele tem sido muito bom para mim nesses últimos tempos. Tem me apoiado muito e feito companhia. Até me ajudou com algumas questões burocráticas do inventário e testamento da Peggy, apesar de não entender bem nossa legislação. - Deu um sorriso pequeno.

Cocaine Cowboy | stuckyWhere stories live. Discover now