Vinte e sete

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                              Maraísa

Marcela, e eu estávamos cada dia mais próximas. Eu adorava a italiana, e com Theo não era diferente. Apesar da moreninha ser time Malila.

Apesar do erro da loira, Theo acredita que a loira ainda me ama, e que todos merecemos uma segunda chance. Bom, eu acredito nisso, todos merecemos uma segunda chance. Quatro meses longe, me fizeram perceber que ainda a amo, e que não é tão fácil se esquecer de quem se ama, como eu imaginava.

Nós duas - A italiana, e eu - Tínhamos ficado algumas vezes. Foram apenas beijos, e alguns amassos, não passou disso. Por escolha minha. Depois desse dia decidi conversar com Mc Gowan, e ficarmos apenas na amizade. Eu ainda amo Marília Mendonça, e não queria usar a italiana para tentar esquecer minha ex. Esse não era o caminho certo. Marcela foi super compreensível, e agora somos apenas grandes amigas. No início, Maiara, morria de ciúmes dessa nossa amizade, mas agora ela já aceita melhor, pois sabe que ela tem um lugarzinho especial em meu coração.

A respeito de mim, e a loira dos olhos verdes, nós temos trocado algumas mensagens. Eu resolvi aceitar a sua aproximação, depois de uma conversa longa, e de adulta para adulta com Theodora Henrique Pereira.

Nossas conversas eram de alimentação à cirurgia. Nada muito especial. Marília às vezes jogava todo o seu charme para cima de mim. Às vezes era difícil resistir, ou não devolver o flerte. Chegava vezes que a loira me mandava fotos de apenas lingerie, e me perguntava se ficou bom em seu corpo. Segundo ela, éramos amigas, e amigas se ajudavam nas escolhas de roupas íntimas. Era tentação demais para uma mulher de quase quarenta anos que não fazia sexo a meses.

Graças aos deuses, a loira estava voltando ao seu corpo normal, e as olheiras não eram tão nítidas mais. Milly estava sempre frequentando minha casa, a little Mendonça tinha se tornado uma grande amiga de Theodora. De certa forma, aquele terrível e trágico acidente, tinha unido as duas.

Nesse exato momento, Theo, Tucker e Milly estavam sentadas na mesa da cozinha enquanto faziam um trabalho da escola. As aulas tinham voltado, e com elas a minha preocupação. Às vezes minha cria brincava que era eu que precisava de um psicólogo, e eu não duvidava muito disso.

Olho para os três concentrados ali. Na verdade os dois, já que Milena só consegue babar em Tucker que escreve concentrado na cartolina sob a mesa. Acabo sorrindo enquanto nego com a cabeça. Escuto a campainha tocar, e caminho até a porta.

- Foi aqui que pediram pizza? - Pergunta Marcela com algumas caixas na mão

- Pizza de tarde? - Franzo o cenho dando espaço para a italiana entrar

- E tem hora para comer pizza srta Pereira? - Seus lábios se encostam no canto de minha boca - E eu queria te ver, não podia chegar com as mãos vazias.

Ajudo Marcela com as caixas, e caminhamos até a cozinha. As pizzas chamam a atenção dos três que dão gritinhos empolgados, me fazendo rir. Noemy reclama com a italiana por trazer tudo aquilo, a fazendo sair da dieta.

Por fim estamos todos comendo na área de lazer enquanto damos altas risadas com as histórias de vida dos três adolescentes.

                                 [...]

Marcela e eu estávamos na sei lá qual taça de vinho. A sala estava sendo iluminada apenas pelo fogo vindo da lareira da sala, enquanto estávamos sentadas no tapete felpudo conversando amenidades.

O relógio marcava 23:01 da noite, e Theo já dormia no andar de cima, e Noemy já havia se recolhido depois do jantar.

- Você não presta Mc Gowan - Sorri enquanto tentava controlar a crise de risos

- E eu nunca disse que prestava - Dá uma piscadela me fazendo sentir uma fisgada no baixo ventre

Quando dou por mim, Marcela e eu. Eu e Marcela estamos nos beijando. A italiana tem as mãos em minha nuca, enquanto a mesma controla o beijo. O gosto do vinho invade minha boca.

- Eu acho que dissemos que ficaríamos apenas na amizade - Digo quando separamos nossos lábios inchados

- Não. Você disse - Diz sorrindo com a língua entre os dentes - Máh, apenas vamos nos divertir.

- Eu não quero te magoar - Falo fazendo um carinho em seu rosto

Marcela beija a palma de minha mão, e sorri. Seu sorriso sincero me faz aquecer a alma.

- Eu sei que você ama a loirinha. E que você está cogitando a idéia de voltar para ela. - Seus dedos se entrelaçam aos meus - E ela é sortuda por isso. Por ter o seu coração. E então estou consciente que será apenas sexo entre a gente

- Tem certeza que quer isso? - Ela assente - Bom, eu também quero transar com você. Talvez eu tenha bebido um pouco demais, e ter você assim tão perto está fazendo minha calcinha molhar

Sua risada ecoa pela sala silenciosa. Minha mão tampa sua boca, abafando o som, e Marcela ri mais ainda

- Apenas sexo de despedida

Eu não entendo essa parte "despedida" mas a minha cabeça está girando demais para entender agora. Apenas pego nas mãos de Marcela, e a guio até o meu quarto.

Assim que entramos tranco a porta atrás de mim, enquanto os lábios e as mãos de Marcela estão ocupadas explorando partes do meu corpo.

Com cuidado me livro de sua camiseta. Meus dedos apertam seus seios por cima do sutiã meia taça. E Mc Gowan logo se livra da peça jogando em um canto qualquer do cômodo.

Com a língua rodeo o bico de seu seio. Marcela solta um gemido. Subo beijando seus lábios, e com cuidado a jogo na cama subindo em cima de seu corpo.

Eu não queria pensar no depois. O meu foco era o agora.

RecomeçoWhere stories live. Discover now