3-intuition

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Algumas pessoas acreditam em espíritos, outras em anjos e demônios, mas sua crédito em um pequeno presentinho que Deus nos da; a intuição.

A de alguns é mais alarmantes que as outras, e a minha gritava dentro de mim.
Erling Haaland não é um assassino.

É, pois é. Ela fala.

Após sair de casa me enxergo pelo o espelho retrovisor do carro e repenso mais uma vez antes de fazer. Mas a intuição, diz mais alto.

O bom de ser policial, é ter acesso a coisas que pessoas normais não tem, como a localização da moradia de alguns famosos.

O som da campainha ecoa, e uma voz nada familiar atende o interfone;

—Pois não? — a voz masculina diz através do interfone.

—Aqui é Ana Tompson, polícia de Manchester, gostaria de falar com Erling Haaland. —digo e imediatamente o patrão se abre e me deparo com uma enorme casa.

Um homem de aproximadamente 1,80 de altura, magrelo se aproxima me guiando até dentro da casa.

—Visitas à você, Erling— o moço diz e Erling desce as escadas ao meu encontro.

—Policial, é um prazer tela aqui.— ele diz de maneira teatral.

—Me chame de Ana, por favor... Bom, Haaland...— digo e ele me interrompe:

—Erling, por favor. E sente-se — ele pede e me guia até a cozinha puxando uma cadeira.

—Ok. Erling, eu não estou aqui como polícial, e sim como uma amiga, ou talvez até futura. —digo e ele assente.
—Compreendo sua sensibilidade a situação, mas tem algo que não mencionei a você. É sobre a sua possível perda de memória. Traumas, coisas que nos assustem e dão medo, podem fazer com que apagamos memórias. É um ato psicólogico, e é completamente normal.

—Por que está me falando isso?

—Sua inconsistência Haaland, seu medo evita que ponha coisas para fora... Quer um exemplo? Qual foi a sua primeira bebida na festa de ontem a noite antes de ter saído com Tereza? — digo e o garoto para e pensa.

—Eu... A primeira?... Eu, não me lembro...

—Exatamente. Por isso lhe passei meu número, qualquer Deja Vu, visão, ou lembrança... Você precisa me avisar... Ok?

—E por que tá me falando isso? Eu não sou um suspeito?

—Acredita em intuição, senhor Haaland?

—Acredito sim...

—A minha diz que você não é um assassino.

—E eu não sou.

—Eu sei. O que estou fazendo aqui, não é ético. Estão eu espero que você realmente seja quem eu imagino ser.

—A senhora pode ter certeza, e... Vou fazer de tudo para me lembrar de qualquer momento daquela noite. —ele diz determinado.

Sorrio me levantando e indo em direção a porta.

Não conseguia acreditar que ele poderia ser um real suspeito. Eu estava quebrando as regras. Mas algo em mim, dizia que eu estava correta.

...

Ao chegar no escritório, ouço uma conversa paralela, e uma voz não muito normal ali dentro.

—Agente Ana?

—Xerife. —assinto sabendo a merda em que havia me mentido.

—Está no caso de Erling Haaland, certo? E... Fiz uns cálculos, e esse parece o seu 78° crime, da sua carreira... Certo?— eu não falo nada, apenas confirmo

—Onde estava?

—Eu havia esquecido uma papelada em casa.—minto.

—mentira. Não é o que a localização da sua viatura mostrava. —ela me olha com um olhar cruel —Com 21 anos de idade, 3 anos de trabalho e 77 crimes solucionados... E a senhora não sabe a gravidade do ato de visitar suspeitos?!— ela grita.

—Senhora, eu...

—O que foi fazer na residência de Erling Haaland?

—Fui avisar-lo sobre as consequências da batida do carro.

—Deixa eu adivinhar, porque não acredita que ele seja culpado?— ela diz e eu assinto.

—Nada prova isso, agente Tompson.

—Mas a minha...

—Mais nada! Está fora do caso.

—O que? A senhora não pode!

—Posso sim. Tenha uma boa tarde Ana, e se comporte, ou levará uma suspensão também.— ela diz se virando de costas.

Eu não acredito. Merda.







𝕋𝕙𝕖 ℙ𝕖𝕣𝕗𝕖𝕔𝕥 ℂ𝕙𝕒𝕠𝕤- 𝔼𝕣𝕝𝕚𝕟𝕘 ℍ𝕒𝕒𝕝𝕒𝕟𝕕  Where stories live. Discover now