26-you are drunk

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—Ei... Como você está? — digo vendo Erling debruçado no sofá.

—Bem... Eu acho — ele diz com cara de sono esfregando os olhos.

—Vamos bonitão, eu não tenho condições de te levar escada a cima no colo. Vamos! você precisa descansar.— digo acariciando seu rosto.

Ele se apoia em mim e subimos as escadas degrau por degrau.

—Acho que foi a caipirinha que me fez mal...

—Erling! Você só bebeu um gole! E as 4 garrafas de champanhe? Não acha que fizeram efeito, não?

—Não. — ele responde com toda a certeza do mundo.

Quando chegamos lá em cima ele parecia que iria cambalear pelo o chão.

—Erling, muita calma nessa hora. Se você cair, eu vou de base. Então calma.

—Eu preciso ir no banheiro.

—Jura? Agora? Você vai pelo o menos acertar o vaso?

—Eu sou ótimo de mira, tá bom?

—Ok, se você diz.

Levo o homem até o banheiro e o espero do lado de fora para ter certeza de que ficaria tudo bem.

Naquela altura do campeonato parecia que eu estava cuidando de uma criança. O Haaland realmente estava mal.

—Ana. Eu não estou bem.

—Haaland, se você precisar vomit... — em quanto eu estava no meio da frase, escuto o barulho de dentro do banheiro insinuando de que ele havia vomitado.

O homem abre a porta ainda zonzo.

—Haaland, você precisa de um banho.

—Eu não quero— ele choramingava como uma criança.

—Haaland! Volta para o banheiro e tira a roupa, exceto a cueca.— me senti na obrigação de alertá-lo sobre não tirar a cueca, pois eu tinha quase certeza que ele estava inconsciente o suficiente para cometer esse erro.— está pronto?— pergunto e o homem afirma.

Bom... Acho que nunca se passou na cabeça de ninguém dar banho em um jogador de futebol, cujo está praticamente inconsciente por conta do álcool.
Era bastante estranho.

—Ta tudo bem? — pergunto mais uma vez quando o mesmo já está dentro da banheira de água quente.

Faço um formado de concha com a mão e vou molhando as partes do seu corpo que a profundidade da banheira não é capaz de molhar.

Para seus cabelos pego o chuveirinho e deixo a água escorrer pelos mesmos e pelo o seu rosto.

Vendo o alívio no rosto o garoto acaricio sua face com intuito de conforta-lo.

Nesses momentos eu estava sentada na beira da banheira, quando o loiro coloca suas mãos na minha cintura. Presumi que era um convite para um beijo.
Mas o garoto fez pior. Me puxou para dentro da banheira, o que me fez parar sentada em seu colo.

—Erling! O que você tá fazendo?

—Lembra no carro, quando você me perguntou por que eu estava tão feliz? — ele pergunta e eu afirmo.

Ele coloca sua mão para fora da banheira pegando algo que não pude ver em sua bermuda que estava em cima do vaso, logo ao lado da banheira.

—Olha, eu tô bêbado. E pra caralho. Mas eu acho que é um dos jeitos em que eu mais vou ter coragem de te falar.

—Erling... Do que você tá falando?

—Ana. Eu senti... Eu senti algo na porra daquela noite fria. Quando eu te vi. E quando você tentou me ajudar, quando me tirou daquela cadeia... Quando... Quando eu te via e te vejo... Eu sentia algo. E sinto algo.
Te ver com o Ederson me fez pirar, me deu um medo de te perder e... Eu não posso esperar isso acontecer...
Ana, quer namorar comigo?— ele diz mostrando a aliança que havia pegado na bermuda.

—Haaland. Você está bêbado. Eu... Eu não posso aceitar...

—Ana... Olha para mim. — ele diz acariciando meu rosto.— Por favor... Não faz isso comigo.

—Nos dois estamos bêbados Erling. Eu estou sentada no seu colo em quanto você está só de cueca dentro de uma banheira! Como espera que eu aceite isso com convicção? Ou eu saiba que isso é realmente o que você quer? —digo segurando seu rosto e colando nossas testas.

—Eu te amo Ana. Só assim posso mostrar que isso é o que realmente quero.

—Espere até amanhã... Se for o que você quer, e for o que eu quero quando sóbrios. Será, Haaland.

O mesmo me beija em quanto segura minha cintura com firmeza.

—Então se prepare. Pois garanto que ouvira essas e muitas mais palavras ao amanhecer... Eu te amo, Ana.  — ele diz beijando meu pescoço.

—Erling... —fico um pouco  choque com as palavras, mas não posso basear minha fé nelas— Vem! Agora vamos nos secar — digo o puxando para fora da banheira o que faz uma grande molhasseira no banheiro.

Seus olhos não saiam dos meus. Assim como os meus não saiam dos dele.

Naquele momento, tinha algo que eu estava convicta;

Eu também o amava.

𝕋𝕙𝕖 ℙ𝕖𝕣𝕗𝕖𝕔𝕥 ℂ𝕙𝕒𝕠𝕤- 𝔼𝕣𝕝𝕚𝕟𝕘 ℍ𝕒𝕒𝕝𝕒𝕟𝕕  Where stories live. Discover now