14- everything you did

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Eu estava  na parte de fora da sala, relutando contra meus sentimentos para não entrar e por tudo abaixo lá dentro. Daniela ainda não havia saído, já estava ficando preocupada.

Até que de repente, ela sai.

—A gente precisa ir Ana.— ela diz e vamos até o carro.

—Olha, a gente precisa conversar. — ela diz e eu assinto — Erling Haaland me falou a verdade.

—O QUÊ?— digo praticamente que gritando.

—Ele não é um assassino... É um ex da Tereza. Ele foi ameaçado, a própria vida, e a sua.

—Por que eu entro nessa história?

—Porque você era dona do caso, se morresse ele poderia ser incriminado por duplo homicídio, pois você poderia ter descoberto a "verdade".

—Ok... Ele falou nomes?

—Sim, mas... Temos um problema.

—Qual?

—Eu não lembro o nome dele. Era algo como Ganny, Jenny... Eu realmente não me lembro.

—Ok... Tudo bem... Espera. O espelho falso. Tem câmeras e gravador de áudio.

Saio do carro em um pulo deixando Daniela sozinha lá. Vou até a recepção do lugar e peço as fitas de gravação.

—Vai precisar de um mandado.

—O quê? Por quê? É apenas a gravação do meu interrogatório... Sabe, para mim não esquecer de nenhum detalhe do depoimento. Eu preciso fechar esse caso, por favor.

—Não posso fazer nada para te ajudar, mas o meu supervisor pode. — ele disse fazendo um telefonema para seu supervisor que em questão de segundos  ele já estava lá. E para minha surpresa era quem eu menos gostaria de ver.

—Senhora Tompson?

—Detetive Decker. — digo engolindo seco.

—O que te trás aqui?

—Bom, eu... Err... Preciso das fitas de gravação da sala de interrogatório.

—Sabe que precisa de um mandado para isso, não sabe?

—Sim, mas, só preciso da gravação do meu interrogatório.

—Ela acabara de fazer um interrogatório com Erling Haaland, número 23.

—merda— cochicho para mim mesma de maneira tão baixa que nenhum deles escutou.

—Eu emiti a prisão dele, por que estás a á interroga-lo?

—Eu decidi fazer o fechamento do caso para o senhor, vi que estava em aberto no sistema, por isso decidi ajudá-lo, já que quem começou com o caso fui eu.— minto descaradamente.

—Me desculpa senhora Tompson, mas não acredito no que diz.

—Como pode tanta insolência senhor Decker!? —digo já perdendo a paciência.

—Acha que não sei que nunca parou de ter contato com o caso? Vou encaminhar você até a xerife. Ela saberá o que fazer com você. —ele diz e eu abaixo a cabeça me retirando do local.

...

—COMO ASSIM?!— Maeve diz após eu contar tudo a ela no hospital.

—Isso é tudo culpa minha, você pode ser demitida por causa de mim... Me desculpe Ana. Por que fui esquecer aquele maldito nome?!— Daniela diz se culpando.

—Você não tem culpa Dani. Mas eu preciso ir agora. Tenho que ir até a delegacia, provavelmente a Xerife deve estar lá, e se não tiver, preciso falar com Patrick.— digo saindo do hospital e  indo em direção a delegacia respirando fundo, torcendo para que a Xerife não estivesse ali quando chegasse.

—Patrick... —digo entrando.

—Ana, quanto tempo, não estava de folga?

—Não, eu só não estava mais recebendo casos para trabalhar, estavam transferindo tudo ao Decker.

—Alguma coisa me diz que não veio aqui apenas para que dar um oi...— ele diz.

Quando eu abro a boca para falar a Xerife entra logo atrás de mim e me olha com uma expressão raivosa.

—Acho que já entendi — Patrick fala voltando a trabalhar.

—Na minha sala senhora Tompson.

Chego na sua sala e sento na cadeira em frente a sua escrivaninha. Logo após ela se senta em minha frente.

—Eu te dei uma ordem. Ficar longe dos casos em quanto que Maeve não se recuperasse. Ela é a única que te mantém na linha.
Mas mesmo assim, continuou a se envolver no caso de Erling Haaland o interrogou e ainda queria fitas da gravação do seu interrogatório? Ah, e mentiu para um oficial de justiça. Está querendo me esclarecer alguma coisa senhora Tompson?

—Eu descobrir coisas sobre o caso de Erling Haaland. Coisas que mudam a história de que ele é um assassino. Só não tenho como prova-las ainda. Mas se a senhora me permitir, em menos de uma semana eu trago o culpado até você. Eu prometo.

—Não me venha com conversas Ana, o culpado está atrás das grades. — ela diz e eu me levanto.

—Então vamos fazer o seguinte, eu tenho uma semana para provar a inocência de Erling Haaland, caso contrário, a senhora pode me por no xilindró, pelas obstruções que estou cometendo.

—Acha que eu tenho cara de idiota, Tompson?

—Confia em mim. Está prendendo o cara errado.— falo isso e ela respira fundo.

—Ja fiz isso com o caso de Jacob Holling, não vou te decepcionar, Xerife. — digo e ela assente.

—Você tem uma semana.— ela diz e eu quase salto de emoção.

𝕋𝕙𝕖 ℙ𝕖𝕣𝕗𝕖𝕔𝕥 ℂ𝕙𝕒𝕠𝕤- 𝔼𝕣𝕝𝕚𝕟𝕘 ℍ𝕒𝕒𝕝𝕒𝕟𝕕  Where stories live. Discover now